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4 de julho de 2009

Hinódia Brasileira | Música Tupiniquim

hinário “A Igreja Evangélica no Brasil já é centenária! Onde estão as nossas expressões de vida e fé conduzidas através da música?”. Umberto Cantoni

People, gostei tanto de fazer este resumo, que resolvi postá-lo, para que impulsione a produção de mais hinistas brasileiros, ou seja, música boa, congregacional para ser cantada nas nossas igrejas; as, ainda, protestantes! É um estudo, ou seja, pode ser chato! Risos!

Introdução

De acordo com o escritor, a história dos hinos brasileiros começa com os próprios missionários, que vindos ao Brasil, adaptaram e traduziram hinos que faziam parte de suas heranças hinológicas. Embora, com eventuais problemas de prosódia, os primeiros hinários constituem o semear de da hinódia brasileira.

Muitos dos primeiros crentes brasileiros começaram a poetizar sua experiência de conversão, seus anseios espirituais e sua fé, iniciando a produção de uma hinódia de brasileiros, embora ainda limitada às necessidades prosódicas e formas impostas pelos esquemas musicais estrangeiros.

Contudo, mais recentemente, houve muitas tentativas de uma hinódia autenticamente brasileira. Uma dessas tentativas eram (e são) as campanhas evangelísticas. Cada campanha costuma ter seu hino oficial, o que impulsionou a muitos músicos brasileiros à composição.

Outra tentativa, menos evangelística e mais nacionalista, foram dois trabalhos importantes, abrindo caminhos de identificação nacional: “Natal Brasileiro” de João Wilson Faustini e “Pai Nosso Sertanejo” de Nabor Nunes Filho.

Por fim, o escritor, neste apanhado geral, enfatiza que é preciso estudar os caminhos que a hinódia brasileira percorreu, de Kalley a Maraschin, antes de se chegar a uma conclusão superficial.

Hinários Brasileiros de Uso Congregacional

Para se estudar sobre a nossa hinódia, deve-se considerar, segundo o escritor, o critério hinário-autores, por ser de documentação mais facilmente verificável. O primeiro hinário a ser estudado e amplamente detalhado é o hinário Salmos e Hinos.

Salmos e Hinos é fruto do trabalho missionário do casal Dr. Robert Reid Kalley e Sarah Poulton Kalley. A sua primeira edição, publicada em 1861, continha 50 cânticos, somente com o texto. Em 1868 o hinário tomou o nome de Música Sacra. Esta foi a primeira edição com inclusão de músicas para crianças e coro, totalizando 100 cânticos.

Depois do falecimento do Dr. Kalley, houveram novas edições. A quarta edição, por exemplo, em 1919, foi impressa com 608 hinos, além de antífonas, cantochão e um completo índice de autores, compositores, assuntos, musicas e primeiras linhas. Desde 1947, os direitos autorais do hinário pertencem à Igreja Evangélica Fluminense. A quinta edição foi lançada em 1976, após um longo trabalho de revisão e reestruturação, que colocou o hinário ao nível das coleções mais modernas e aperfeiçoadas.

O segundo hinário examinado pelo escritor foi o Cantor Cristão. O hinário oficial da denominação batista tem sua origem no trabalho extraordinário de Salomão Ginsburg. Escritos e tradutor de hinos, ele reuniu 16 deles em um pequeno folheto intitulado “Cantor Christão”, publicado em Pernambuco em 1891. A partir de 1924 foram lançadas edições com as músicas, contendo já 102 hinos. Em 1971 sai a edição histórica, revista e acrescida de documentação e índices completos, contando 581 hinos.

A exemplo do Salmos e Hinos, o Cantor Cristão também foi,d e início, uma compilação de traduções, adaptações e textos originais para músicas estrangeiras já existentes. Com o tempo, foram sendo incluídos trabalhos brasileiros.

Outro hinário analisado foi o Hinário Evangélico. Este é um trabalho da Confederação Evangélica do Brasil, que pretendeu unificar a nossa hinódia. Em 1935 houve a organização da Comissão do Hinário. Em 1945 foi lançada uma edição coma s letras alteradas. Em 1953 saiu a edição com música, apenas 230 hinos. A edição definitiva saiu em 1960, completa, com 500 hinos e 10 cantos litúrgicos. O Hinário Evangélico, que pretendia ser interdenominacional, é mais usado pelas igrejas metodistas, algumas presbiterianas e poucas outras.

Seja Louvado é o quarto hinário estudado pelo autor. É um importante hinário bilíngüe especialmente organizado por João W. Faustini para a Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo. A primeira edição data de 1972 e contém 315 hinos. Comparado aos outros hinários, segundo o escritor, este hinário é o que tem maior participação de autores e compositores brasileiros. Ainda contém uma organização excelente, índices precisos, textos bíblicos para leituras responsivas e orações, segundo o escritor.

Há também o Hinário Presbiteriano, que é destinado a denominação e suas exigências teológicas e litúrgicas. A sua primeira edição, contendo apenas letras, foi lançada em 1981.

O último hinário é o Cantai ao Senhor, hinário da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Em 1973, esta edição alcançou uma tiragem de 42.000 exemplares, o que evidencia a importância deste hinário. O hinário, de acordo com o escritor, propõe-se realmente a um trabalho sério de análise fraseológica, usando sinais convencionados e mudanças de compasso. Contém 620 hinos, a maioria comum aos outros hinários, dispostos por assuntos, dotados de índices completos e leituras responsivas.

Coleções Brasileiras Para Uso Coral

Além dos hinários congregacionais, há também duas expressivas coletâneas de música para coro, que eram, até o fim da década de 50, usados pelos conjuntos corais evangélicos. São elas Coros Sacros e Antemas Celestes. O primeiro, compilado por Arthur Lakschevitz, foi publicado (primeira edição) em 1931 e, vinte anos depois, 190 hinos completavam a coleção, já no oitavo volume. O segundo foi compilado por Alina Muirhead, missionária batista, compositora, regente e cantora. Em 981 a JUERP reeditou a coleção, sem alterar a edição de 1954. A partir da década de 60, outras coleções foram aparecendo e, gradativamente, sendo usadas.

Fora as publicações de várias editoras, para canto coral, apareceram também alguns periódicos sobre música sacra e hinologia. Os principais são Louvor Perene e Revista Louvor.

Louvor Perene se preocupou, ao longo de sua existência (1962-83), com a documentação de nossa hinódia, principalmente incentivando músicos e poetas através da publicação de seus trabalhos.

Revista Louvor, editada pela JUERP, traz artigos sobre música sacra em geral, liturgia, hinologia e partituras descartáveis, e outras, no corpo da revista.

Tendências Atuais da Nossa Hinódia

Especialmente nos últimos dez anos, as palavras de ordem, segundo o escritor, da hinódia brasileira têm sido: “novo”, “nosso”, “terra”, “povo”, buscando cada vez mais uma afirmação nacional, em função de nossa presença em nosso tempo. Há uma preocupação voltada para a comunicação da mensagem do Senhor para o povo brasileiro, enfatizada nos problemas de justiça social, fome, infância e velhice abandonadas, crises Ed moradia, doença, analfabetismo e pobreza, à luz do que Cristo veio trazer em termos de liberdade, vida, esperança e remissão total do homem.

Um comentário:

P A Sarmento disse...

gostei de ler sobre a historias desses hinários, que infelizmente, muitos estão deixando de lado, substituindo por canções que não louvam verdadeiramente ao Senhor.
para mim, este comentário poderia estar mais completo se fosse incluido o hinário Harpa Cristã, que parece ser muito usado no brasil.