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10 de julho de 2014

Pai é pai!

Hoje li um pequeno texto sobre a Mãe. Essa mulher, quase deusa, que cuida de nós com paciência, perseverança e um amor divino inexplicável; que nos carrega e sofre pra nos ter em seus braços.

O título do pequeno texto diz: "Mãe é mãe!". 
Porém, contudo, todavia, Pai é pai!

A mãe sofre um estresse mental e físico muito grande e ninguém pode dizer que isso é pouco. Porém, o pai também sofre estresse igual. Ele não tem o corpo modificado, cortado, costurado pra ter o filho, mas é ele o provedor e a autoridade espiritual sobre a casa. É sobre os ombros dele que recaem as responsabilidades, com a esposa trabalhando ou não.

É ele quem precisa ser uma referência de força e refúgio para a mulher e filhos. É ele quem, não só perde noites cuidando do filho, como perde noites pensando em como vai sustentar a família. Sem o PAI, a mãe tem que fazer um esforço dobrado que muita da vezes não é suficiente. 

Sim, a mãe carrega o filho, e sofre psicológica e fisicamente, mas o pai tem igual sofrimento, porque sofre física e psicologicamente quando tem que se virar pra sustentar a casa, ter tempo pros filhos e ainda ser um bom esposo. 

As preocupações do homem não são e nem serão iguais a da mulher. Somos diferentes! Porém não há trabalho maior ou mais árduo. Por isso que sexo e filho são para o casamento, para que ambos, pai e mãe, homem e mulher, dividam as tarefas e as preocupações - que são inerentes a cada gênero. 

A mulher foi criada pra curtir cada momento com emoção. O homem foi criado pra curtir cada momento com razão. A razão não pode andar sem a emoção e vice-e-versa. O homem completa a mulher e a mulher completa o homem. 

Não há, portanto, uma boa base familiar sem o Pai e a Mãe juntos, cada qual em suas funções que, divinamente, se completam.

Felipe Alves Davi

30 de junho de 2014

A Importância do Ministro de Música na Obra de Deus


Boa noite!!
Em uma das minhas pesquisas e "surfadas" pela internet, deparei-me com o texto abaixo sobre a figura do Ministro de Música.
Decidi compartilhar com vocês!!


A figura do ministro de música remonta aos tempos do tabernáculo, mesmo no deserto com pouca estrutura de culto e precária acomodação, as celebrações ao Senhor eram acompanhadas por pessoas especialistas em música. Estes homens e mulheres eram artistas que não somente tocavam, mas produziam seus instrumentos.

Já nos dias de Davi uma estrutura um pouco mais elaborada começa a aparecer no culto, é neste período que temos nominados os primeiros ministros de música: Asafe, Hemã e Jedútun. Com a construção do templo, no reinado de Salomão pouca coisa foi acrescentada na forma litúrgica.

A organização e as escalas dos cantores foi uma das marcas deste tempo e, ao que parece, Salomão com base no que Davi tinha idealizado e com a influência de outras culturas faz os turnos dos levistas e cantores. O templo era o principal símbolo do judaísmo e a música a principal expressão da religiosidade judaica. Esta estrutura durou por muitos anos vencendo inclusive crises políticas e religiosas que culminaram com a divisão do reino, mas a adoração no templo continuava sem alterações relevantes, sendo mais tarde interrompido este processo com o exílio babilônico. No livro de Salmos temos os nomes de alguns ministros que serviram tanto no templo de Salomão como no tabernáculo; estes homens foram responsáveis pela autoria dos salmos cantados nas celebrações do povo de Israel.

Estes homens e mulheres escolhidos por Deus para liderarem as celebrações e serem responsáveis pelo culto a Deus eram sustentados pelos dízimos e ofertas do povo e viviam do seu trabalho no templo. Eram pessoas de estrema qualificação, escolhidos por suas habilidades naturais e talento musical. O ministro de música na igreja exerce função multi ministerial; ele atual como professor, pastor e conselheiro. Muitos pastores ainda não acreditam que suas igrejas precisam de um ministro de música, e sim de um bom músico. Ledo engano, pois bons músicos estão sobrando por aí, mas ministros de música capazes de liderar o culto e serem relevantes no processo de formação de lideres, com a visão de adoração bíblica e com uma visão contemporânea de culto, não se acha com facilidade por aí. Por isso acreditamos na formação musical de nossos vocacionados e recomendamos o preparo acadêmico não somente na área técnica, mas também uma preparação bíblica e teológica. O ministro de música é esta pessoa que além de bom músico, capaz de liderar o canto na igreja é também um líder espiritual que exerce influência através daquilo que ele vivenciou na sua experiência cristã. Os batistas são pioneiros no Brasil na visão musical no culto. Os primeiros ministros de música que surgiram no Brasil foram formados em Seminários Batistas e hoje atuam em igrejas de várias denominações.

O Estado do Espírito Santo é contemplado com uma visão de ministério de música bem ampla e privilegiada. Que as igrejas batistas capixabas continuem a valorizar esta pessoa tão especial e tão importante que é o ministro de música e que não nos esqueçamos que, assim como o pastor, o ministro de música também é chamado por Deus para uma obra específica e relevante na seara do mestre. Louvamos a Deus pela vida de todos os ministros de música de nosso Estado e que o Senhor Deus possa encher o coração de cada um de alegria neste dia em especial. Parabéns ministros!

Pr. Ednan Santos Dias da Silva
Presidente da CBEES

MM Judson L. Thompson
Presidente COA da CBEES

10 de junho de 2013

Da série “Bandas de Igreja ou Equipe/Ministério de Louvor”:

Relacionamentos!

Não é nada engraçado ver as chamadas "equipes de louvor" fracassarem em sua função para com a congregação: ajudar, guiar, nos momentos dos cantos congregacionais. Em muitas igrejas, a figura do Regente - que era o guia dos cantos congregacionais - se perdeu. Fato, mas triste. (Hoje, o regente da igreja é a bateria). Contudo, creio que podemos ter um canto congregacional de qualidade (tonalidades adequadas para a congregação, letras cristocêntricas com conteúdo bíblico-teológico e técnica musical bem aplicada a prática de conjunto).
O problema é que mesmo sabendo tudo isso, muitas bandas esquecem algo primordial: o relacionamento interpessoal. Isso porque, na Igreja - pasmem! - o povo esquece as recomendações de Jesus: "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?".

Pensando nisso, achei um artigo chamado "10 Atitudes Proibidas no Trabalho em Equipe*", da Revista Exame. Vou usar como base e "traduzir" para o contexto de uma banda.

1. Ser inflexível e não transparente na comunicação
“Um dos principais erros é a pessoa se comunicar da mesma forma com todo mundo”, diz Marcia Rezende, diretora do Instituto de Thalentos. Conforme ela explica, comunicar-se bem não é simplesmente falar bem. “É preciso ter flexibilidade na comunicação e vontade de compreender o outro”, explica.
“É algo relacionado à empatia. Se uma pessoa é mais delicada o ideal é ser mais sutil na comunicação, com alguém mais focado em fatos e dados é melhor ser mais objetivo”, diz Meiry Kamia, consultora organizacional.

Ou seja, precisamos aplicar o que está escrito em Filipenses 2:3: "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo".

2. Não alinhar o objetivo
"Se essas pessoas não encontram um objetivo em comum que mova a equipe, todo o trabalho pode ser comprometido”, segundo Marcia. “Uma equipe desalinhada custa para a organização”, diz.

Os componentes de uma banda/equipe de louvor precisam se perguntar: "qual é o meu objetivo em participar dessa equipe, nesta igreja?"



3. Comprometimento zero
Um participante não comprometido vai prejudicar os resultados atingidos por toda a equipe. “Sem valores e objetivos alinhados, a chance de faltar comprometimento é alta porque o trabalho precisa fazer sentido para o profissional”, diz Marcia.

A velha história de sempre: Compromisso. Se você não se doar pela equipe, não priorizar o serviço/ministério, trocar outros eventos pelos ensaios/cultos ou não respeitar a escala, os resultados serão mínimos. Por isso é importante se comprometer com no máximo 3 ministério na sua Igreja.

4. Falta de planejamento e de respeito a prazos
Sem participantes focados e com planejamento nenhuma equipe vai para frente. É importante que as prioridades sejam dadas e que cada um saiba muito bem qual o seu papel dentro da equipe e siga à risca o que foi definido, na opinião de Márcia. “É preciso saber o que é urgente, o que é prioritário e respeitar os prazos”, diz a especialista.

Existe ou deve existir um planejamento na sua banda. Escala de cultos, músicas novas, arranjos novos, ensaios extras, acompanhamento de Coros, Solistas, Grupos, etc. Os componentes precisam respeitar o planejamento. Igreja não é "cada um faz o que quer, quando quer e na hora que quer".

5. Criticar um participante na ausência dele
Descontente com a atitude de um dos colegas de equipe, o profissional reclama dele para as outras pessoas. Pode até parecer inofensivo, mas não é, segundo Meiry.
“Gera um mal estar tremendo”, diz a consultora. “Falar diretamente é muito melhor porque reduz a interferência e dá a chance de a pessoa receber um feedback sobre as suas ações”, explica.

Chamamos essa atitude de "fofoca" na Igreja e isso deve ser abolido. Além disso, quando for conversar com o outro irmão sobre as tais atitudes, precisa ser com amor, respeito; afinal de contas, ele deve ter algumas reclamações sobre suas atitudes também, já que NINGUÉM é perfeito.

6. Desvalorizar o trabalho do outro
Em mercados cada vez mais competitivos, a tendência é valorizar demais o trabalho individual dentro da equipe e ignorar ou desvalorizar o esforço dos outros participantes. “Com a competitividade como pano de fundo, este é um erro comum”, diz Meiry. Lembre-se de que uma postura assim transmite a imagem de arrogância.

Por incrível que pareça, na Igreja infelizmente acontece competições, mas não deveria. Todo mundo tem problemas pessoais, todo mundo tem algum defeito ou dificuldade de aprendizado. Ninguém é melhor que ninguém, nem na vida e muita menos na Igreja.

7. Não assumir erros
Certamente uma pessoa assim já deve ter cruzado o seu caminho. Ótimos em apontar o dedo e denunciar o erro alheio e péssimos na hora de assumir seus próprios equívocos. “Se alguém da equipe erra, o certo seria que o erro fosse encarado como sendo de todos, mas infelizmente a realidade não é essa”, diz Meiry.

"Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão". Mateus 7:1-5

8. Ignorar as regras estabelecidas pela equipe
Respeito às diretrizes é essencial, mas nem todo mundo faz isso. “Muitas pessoas acabam ignorando as regras e fazendo as coisas do jeito que elas acham melhor”, diz Meiry.

Se existe uma liderança, boa, que está indicando o melhor caminho, não há porque criar problemas. Questionar, sim. Criar contendas, não. Seja obediente!

9. Desequilíbrio emocional
Tomar feedbacks negativos como perseguição pessoal, melindrar-se diante de críticas construtivas, perder a calma e apelar para gritos e grosserias. Estes sintomas podem indicar que o profissional peca em relação ao equilíbrio emocional, segundo Meiry. Além de ser prejudicial ao andamento do trabalho de toda a equipe, há o risco de essa pessoa acabar isolada.

Isso é o que muitas vezes acontece dentro de uma equipe de louvor. Chamamos isso de "falta de maturidade". Ser maduro não é somente saber, mas colocar em prática tudo o que sabe. A Bíblia diz: "considere os outros superiores a si mesmo". Na prática, "coloque-se no lugar do outro e analise a sua vida, veja se há algo que você precise mudar e não queira mudar o outro. Jesus sempre se reporta para nós como indivíduo - não julgues, não aponte, tira a viga do (próprio) olho". Jesus não diz: "O outro precisa mudar". Ele diz: "Você precisa mudar!".

10. Não aceitar as diferenças
Entender que a heterogeneidade de uma equipe é um aspecto a ser valorizado nem sempre é comum. “Entender e respeitar as diferenças é essencial, mas muita gente quer moldar as pessoas de acordo com seu ponto de vista”, diz Meiry.
É claro que os embates vão acontecer, mas tentar entender os outros é o caminho correto na hora de solucionar conflitos e construir alianças. “Negociação é fundamental”, lembra Márcia.

Difícil é trabalhar numa equipe dividida. Pessoas que não aceitam, de maneira branda, mudanças necessárias. Não aceitam recomendações. Não aceitam ensinamentos novos. Não aceitam uma liderança. Não aceitam ver através dos olhos dos outros irmãos. Só pensam em si, o que é bom pra ele, e somente ele. Porém uma banda de igreja/equipe de louvor precisa entender que está ali para servir a congregação. E quem serve, não manda. Quem serve, se doa.

Que esse conhecimento nos sirva como prática. Não importa o que fez ou deixou de fazer o seu colega de equipe. Faça a sua parte: perdoe, ame e sirva. Perdoe os erros, porque você também tem. Ame o seu irmão, conversando quando for necessário, ajudando-o em tudo. E sirva, com sua música, sua técnica, não só a Igreja, mas o seu colega/irmão de equipe.

Lembrem-se sem Comunhão, não há Adoração. Isso é bíblico!


* Reportagem de Camila Pati (http://exame.abril.com.br/jornalistas/camila-pati); Adaptação, Felipe Alves Davi.

Enfim, 
"Persiste em ler, exortar e ensinar". 1 Timóteo 4:13

20 de fevereiro de 2013

Socorro! Quero um Culto Velho - A Força da Ignorância


Com vocês, um texto de um grande pastor, que ainda não tive o privilégio de conhecer pessoalmente, mas admiro muito: Pr. Isaltino Gomes!

Socorro! Quero um Culto Velho - A Força da Ignorância
(ou: Socorro! Não Aguento Mais Cantar Corinhos!)
Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para o Encontro de Músicos, na PIB de Manaus.

Vivemos mesmo numa época de ignorância, de obscuridade intelectual e de irracionalismo. Infelizmente, a ignorância tem se tornando jóia cultivada neste país, e os mais pensantes são cada vez mais postos de lado. Quando um político de expressão nacional diz que livro é como academia de ginástica: a gente olha e foge, é porque a coisa ficou feia mesmo. O pior é que a ignorância é cultivada com arrogância.
Parece que quanto mais ignorante, mais digno de crédito. E a espiritualidade evangélica tem se distanciado do pensar, que tem sido cada vez mais visto como ato carnal, quando não diabólico. A ignorância está em alta. Está difícil ser evangélico, também, hoje, a quem é pensante.
Ouvi no noticiário televisivo: um rapaz de vinte e poucos anos, gaúcho, estudante de Teologia na Bolívia, desapareceu nos Andes, quando fora escalar uma montanha de 6.300 metros. O rapaz não tem experiência alguma de alpinista, e ainda assim foi sozinho porque, segundo a mãe, queria ter uma experiência com o Espírito Santo, queria encontrar o Espírito Santo. Como achou que ele é boliviano e mora nos Andes foi fazer a escalada.
Com todo respeito: o que leva a uma pessoa a sair do Rio Grande do Sul onde há bons seminários, passando pelo Paraná, onde também os há, e ir estudar Teologia na Bolívia? Respeitosamente: desde quando a Bolívia tem expressão em ensino teológico? Este jovem não tinha um pastor que o orientasse? E o que leva alguém, sem experiência alguma, a escalar sozinho uma montanha de 6.300 metros para encontrar o Espírito Santo?
De onde lhe veio a idéia de que numa montanha encontraria o Espírito?
E como convertido e aparentemente vocacionado, ainda não encontrara o Espírito? O que ensinaram a este jovem na igreja e depois no seminário? Sei que a família está sofrendo e que é hora de consolar, mas não posso deixar de dizer: quanta gente tonta, sem noção das coisas, e usando a espiritualidade como pretexto para a falta de juízo! Mas isto é reflexo do cristianismo que pregamos e cantamos hoje em dia. Cantamos autênticos absurdos teológicos e que se chocam contra a Bíblia, e ficamos por isto mesmo. As pessoas não pensam no que cantam, mas se apenas o ritmo é bom, agitado e as faz sentirem-se bem.
Temos um cristianismo cada vez mais sem Cristo, e cada vez mais com o Espírito Santo, sendo que por Espírito Santo as pessoas entendem uma experiência extra-sensorial. Porque uma experiência com o Espírito aproxima mais de Cristo, pois esta é sua missão. O evangelho está se tornando um ajuntamento de sentimentos, sensações, experiências místicas. Culpo um púlpito que não é exegético e corinhos ingênuos e até tolos. Os muitos corinhos que enxameiam nossa liturgia nos fazem cantar tantas inconveniências que fico abismado que pessoas razoavelmente lúcidas em sua vida secular cantem aquelas letras. Boa parte delas é confusa, sendo difícil ligar uma linha à outra. Pessoas que são professores cantam tantos erros de português, em que “tua” e “sua”, que são pessoas diferentes, se misturam e por vezes nem se sabe quando se fala de Deus ou de alguma outra pessoa.
Raramente se fala de Jesus, e quando se fala dá para notar que Jesus é cada vez mais um conceito para dentro qual as pessoas projetam seus sonhos de consumo ou de classe média, que o Redentor e Salvador. A linguagem é
horrorosa: mergulhar nos teus rios, beber nos teus rios, voar nas asas do Espírito, subir o monte de Sião, estar apaixonado por Jesus, subir acima dos querubins, uma série de expressões que não fazem sentido algum. Mas os compositores estão acima da crítica, mesmo quando fazem coisas ridículas, como andar de quatro em público. E quem canta os tais corinhos se sente bem.
E também não aceita correção. Quem tenta corrigi-los em suas heresias e tolices é vaidoso, carnal, fossilizado, etc. O que vale não é se o que se canta é certo, mas se faz bem. As pessoas querem se sentir bem e ter alguma experiência. O conteúdo do que se canta é irrelevante. Sendo honesto: não agüento mais cantar corinhos! Chamem-me de vaidoso ou pernóstico, que não fará diferença, mas a maior parte dos corinhos, mesmo que na nova semântica se chamem pomposamente de louvor, é uma ofensa a quem sabe ler e interpretar um texto e tem uma noção mínima de conteúdo da Bíblia.
“Eu tenho a força”, bradava He-Man. Uma força mística, não divina, mas uma energia cósmica. Parece-me que é essa força espiritual que as pessoas buscam. Eles não querem aprofundamento no evangelho nem estudar a Bíblia.
Eles querem sensações e experimentar uma força. O evangelho está se diluindo no esoterismo que grassa no mundo atual.
Esta é uma palavra especial aos pastores e ministros de música, que julgo eu, são as pessoas mais responsáveis pelo que acontece e que podem mudar a situação. Quero alinhavar algumas sugestões e lhes peço, respeitosamente, que pensem nelas.

1. FUJAM DO COPISMO

Chacrinha dizia que “na televisão nada se cria, tudo se copia”. No cenário evangélico também. Há uma usina produtora de corinhos, de forma comercial, que massifica nossas igrejas. Nossos jovens cantam as mesmas coisas vazias em todos os lugares. Em várias igrejas se vê a mesma deselegância de adolescentes robustas, saltitando, num monte de véus, no que pretende ser uma coreografia, mas que mostra gestos descoordenados e deselegantes. Chega a ser triste de ver as pessoas saltitando sem habilidade e com uns gestos que nada têm a ver com o ritmo da música. E a gente fica sem saber o que fazer: se olha as jovens pulando, se pensa no que está cantando, se nota as figuras do multimídia, ou os erros de português das letras, ou ainda o embevecimento do chamado “grupo de louvor”, que volta atrás, repete uma estrofe (quando há estrofe), tremelica a voz, faz ar de quem está sentindo dor. Mas é o padrão na maior parte das igrejas. Parece um shiboleth. Quem não faz assim corre risco de ser execrado. Porque os detentores da verdade litúrgica inovadora são fundamentalistas: fora do modelo deles não há louvor nem espiritualidade. Mas eu pergunto: é preciso fazer tudo igual?
Convencionou-se que sim, porque ser antiquado é uma ofensa inominável. E para alguns, fora do padrão corinhos e danças tudo é velharia e não há espiritualidade.
Se você é líder e não concorda, diga que não concorda. Não ceda por medo. Há pastores que têm medo de perder o pastorado e cedem a direção do culto aos jovens. Eles cantam, cantam, e depois se sentam e se desligam do resto da atividade, quando não saem do templo. Há um descompasso entre o que se cantou e o que se prega. Porque se canta um evangelho muito diluído. Há pastores que têm medo de perder o rebanho, massificado por este padrão, e o usam. Tenho ido a igrejas em que pastores ficam alheios aos corinhos (recuso-me a chamá-los de “louvor”), mas dizem-me candidamente: “Eu não gosto, mas o pessoal gosta”. Ele deixa de ser o orientador do povo e passa a ser um garçom que serve o que o povo gosta. Ministro de música também age assim. E também está errado. Se estudou música e passou por um seminário deve ter uma proposta de liturgia menos medíocre e que atenda a todas as faixas etárias da igreja. É sua responsabilidade. Nossos cultos estão sendo empobrecidos pelos corinhos. A música é de baixa qualidade e as letras são aguadas. Os corinhos são cada vez mais efêmeros. Ministro de música, não copie a pobreza musical e intelectual dos corinhos.
Pensar não é pecado. E ser inteligente também não é. Se os “levitas” podem discordar dos que chamam depreciativamente de “conservadores”, por que nós, conservadores, não podemos discordar dos “mediocrizadores” da música evangélica?

2. O QUE A BÍBLIA DIZ?

Tudo na igreja deve ser submetido ao crivo da Bíblia, inclusive o que se canta. Os compositores não estão escrevendo uma nova revelação e estão sujeitos ao crivo da Bíblia. Devem ser humildes e não pensarem de si como oráculos de Iahweh. Quem queira subir o monte santo de Sião deve ler Hebreus
12.22-29 e ver que ele é um símbolo do evangelho, da igreja de Deus, e que cada crente já está nele. O monte Sião não tem nada para nós. Quem queira subir acima dos querubins deve ler Isaías
14 e verificar que alguém quis fazer isto no passado e foi expulso do céu.
Quem cante “Quero ver a tua face, quero te tocar”, deve se lembrar que Deus disse a Moisés: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá” (Êx 33.20).
As primeiras declarações de fé da igreja foram expressas em cânticos.
Muitas afirmações litúrgicas do Novo Testamento foram expressões teológicas que firmaram os cristãos. Lutero firmou a Reforma com suas pregações, seus escritos, mas muito mais com seus cânticos. São cânticos que ficam na mente e muita gente está subindo o monte porque canta isto. A igreja precisa cantar sua fé e sua fé está na Bíblia.
Toda letra de cântico deve ser submetida ao crivo bíblico. O certo não é o que a pessoa sente nem se o que ela canta lhe faz bem. O certo é o que está de acordo com a Bíblia.
O conteúdo do evangelho foi muito definido: Cristo crucificado. Mas pouco se cantam Cristo e a sua cruz. Precisamos cantar o ensino da Bíblia. “Doce canto vem no ar com a primavera, Flores lindas vão chegar com a primavera, Lírios, dálias e alecrins, Violetas e jasmins, O sol vai brilhar, passarinhos vão cantar, Com a primavera”. O que isto tem a ver com Cristo, com a salvação, com a segurança dos salvos?
Temos abandonado a Bíblia como fonte de doutrina, trocando-a por revelações e sonhos de gurus. Temo-la abandonado como inspiradora de modelo gerencial para a igreja, assumindo padrões de administração humana. Muita pregação, mesmo com ela sendo lido, é apenas emissão de conceitos culturais, e sendo ela mero pretexto para o discurso. E temo-la deixado de lado como balizadora do que cantamos. A função do cântico não é distrair as pessoas nem fazê-las sentir-se bem no culto, mas ensinar as grandes verdades de Deus. O culto deve ser doutrinador, sim. Preguei num congresso de jovens em Manaus, e deselegantemente, o dirigente tomou a palavra após minha fala e disse: “Não me interesso por doutrina, e sim por Jesus”. Pedi o microfone de volta e fiz uma pergunta: “Sem doutrina, que Jesus você tem?”.
Com nossos cânticos atuais, não temos Jesus. Em muitos deles temos um espírito de grupo, uma cultura grupal ou um Espírito que mais se parece com a Força de He-Man que com o Espírito Santo. É preciso subordinar tudo ao crivo da Bíblia. O evangelho está se tornando cada vez menos bíblico e mais sentimental. Porque está faltando Bíblia.

3. NÃO DESPREZE SUA HERANÇA TEOLÓGICA E LITÚRGICA

O terceiro aspecto que abordo é este: não despreze sua herança teológica e litúrgica. Há uma tradição que engessa e que fossiliza.
Mas há uma tradição que enriquece e que dá balizamento. O evangelho não começou agora. A igreja não surgiu há alguns poucos anos. Os momentos de louvor e adoração não foram criados agora. Muitos deles, no passado, deixaram marcas profundas de avivamentos que impactaram a sociedade.
Até agora caí de tacape e borduna nos corinhos, sem abrir espaço para reconhecer que alguns sejam bons. Foi de propósito. Creio que consegui um pouco de atenção. Creio que há cânticos bons e que trazem conceitos espirituais seguros. São coerentes, biblicamente falando. E respeitam a herança teológica do protestantismo. Porque este critério também tem valor: os cânticos estão reafirmando nossa fé ou modificando a nossa fé?
Infelizmente, a maioria me deixa desconfortado: não os canto porque não expressam minha fé, a fé em que fui criado, a “bendita fé de nossos pais”, como diz um hino.
Nós temos um passado e não podemos fugir dele. A ignorância do passado leva a cometer os mesmos erros cometidos. Houve uma longa luta para firmar o cânon do Novo Testamento, e precisamos lembrar que é ele que interpreta o Antigo. Muita gente tem cantado o Antigo Testamento, mas nós somos cristãos.
Nós cantamos a fé em Cristo. Se o Antigo Testamento é pregado, deve ser interpretado pelo Novo. Se o Antigo é cantado, deve ser interpretado pelo Novo. Estão querendo rejudaizar o evangelho, questão que a igreja já resolvera em Atos 15 e contra a qual Paulo escreveu a sua mais dura carta, a epístola aos gálatas.
Somos filhos do Novo Testamento, e não do Antigo. Somos filhos dos evangelhos e das epístolas, e não de Salmos, embora Jesus os usasse.
Mas seu próprio jeito de usar os salmos nos orienta: ele os reinterpretou em sua pessoa. Cantemos Jesus, cantemos a fé cristã e não meras sensações, cantemos a cruz, o túmulo vazio, o perdão dos pecados. Cantemos a Igreja, e não Israel. Somos cristãos e não judeus.
Cantemos que “a cruz ainda firme está e para sempre ficará”.
Somos salvos pela graça por meio da fé em Cristo. Não somos salvos pelo Espírito Santo nem por uma experiência litúrgica. O Espírito é uma pessoa e não sensações: “O Espírito Santo se move em você com gemidos inexprimíveis” é algo sem sentido. Ele geme por nós, em oração, com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). Mas não se move dentro de nós, com gemidos. O ponto central do evangelho é Cristo e sua cruz.
Este é nosso tesouro teológico, herança à qual devemos nos agarrar.
Qualquer cântico que deslustre isto, que diminua Jesus, que esmaeça a cruz, é blasfêmia. Não quero cânticos de auto-ajuda. Quero Jesus e sua cruz. Quem tem Jesus não precisa de muletas emocionais. Quero cânticos bíblicos, de acordo com a fé que uma vez foi entregue aos santos (Jd 3).

CONCLUSÃO

Sei que foi uma palestra dura. Não vou me desculpar porque o que eu disse é o que eu creio. Sim, estou cansado da ditadura litúrgica que me parece associada a um fundamentalismo: só nós sabemos o que é espiritual e vocês estão fora, são do passado, são frios, são formais.
Eu me recuso a cantar bobagens com roupagem espiritual. E desafio vocês a restaurarem a liturgia com conteúdo, com ensino. Desafio-os a não cederem à força da pobreza litúrgica que nos avassala.
Há algo mais comovente e com mais conteúdo que “Castelo Forte”, “Aleluia”, “Amazing Grace”? Por que a ditadura dos corinhos? Por que, no natal, sou obrigado a cantar que quero voar nas asas do Espírito?
Que os compositores de corinhos componham música de boa qualidade com letras de conteúdo, e ajustada às épocas, também. Os corinhos são monocromáticos.
Dizem sempre a mesma coisa. Nunca ouvi um exortando à confissão de pecados, falando do natal, da dedicação de crianças, da semana da paixão, de missões, da Bíblia como Palavra de Deus. Tudo é igual: louvar, adorar, contemplar, sentir-se bem. Não permitam a monocromia, que é sinal de pobreza.
Escrevi, tempos atrás, um artigo intitulado “Quero uma igreja velha”.
Esta palestra é um desabafo e um pedido de ajuda: “Socorro, quero um culto velho”. Com a Bíblia exposta, com solenidade, com cânticos com nexo, com os grandes hinos de nossa fé, com Cristo e sua cruz brilhando. Sim, estou cansado da liturgia atual, que é pobre e alienante.

27 de janeiro de 2013

Se Existe Um Deus...


“Deus não pode ser adorado do meu ou do teu jeito, mas do jeito que Ele deseja ser adorado”. Pr. Assis

Então, se existe um Deus, pressupõe-se que Ele seja soberano (acima de tudo e de todos) e, consequentemente, criador de todos.
Se existe esse tal Deus, soberano, Ele seria justo. Todos são abençoados a partir de Sua criação. E por Ele ser justo, Ele seria bom! Bom, a ponto de não medir esforços para nos ajudar, mas permitindo a nossa liberdade. Somos livres para aceitarmos Sua ajuda ou rejeitarmos.
Se rejeitarmos, por mais que Ele tente se achegar, Ele não irá invadir ou forçar ninguém; viveríamos sem saber o porquê e o para que da nossa existência. Se aceitarmos, Ele poderá nos ajudar e nos ensinar a melhor maneira de lidar com essa vida que Ele nos deu.
Se existe um Deus, soberano, justo e bom, Ele também seria pai. O pai, educa, cuida, aconselha, informa, para que o filho aprenda a viver, da melhor maneira, sozinho. Nós não estaríamos longe de errar, mas com ajuda desse Deus, acertaríamos mais. E, provavelmente, como qualquer pai, Ele nos daria ferramentas para o nosso sucesso.
Sendo esse Deus, soberano, justo, bom e pai, Ele seria, também, digno. Digno de receber todo o nosso respeito e admiração. Respeito e admiração, porque, mesmo nós sendo criaturas, somos livres. E por mais que tenhamos errado e bagunçado nossos pensamentos com relação a um Deus soberano, justo, bom, pai e digno, Ele sempre está pronto a nos aceitar, nos ajudar e nos ensinar, se quisermos. E isso, é amor.
Se existe um Deus, pressupõe-se que Ele seja soberano, justo, bom, pai, digno e amoroso. Pressupõe-se que Ele seja mais, mas a nossa concepção humana não poderia entender, já que Ele seria um Deus. Está além da nossa compreensão. Não conseguiríamos mensurá-lo. E nem quero, porque se eu conseguisse, Ele não seria mais um Deus. Se conseguíssemos representá-lo com esculturas, pinturas e imagens e afirmasse que fosse esse Deus, então Ele não o seria mais. O máximo que nós poderíamos fazer é ter algo que simbolizasse esse Deus. Caso contrário, seria um deus da minha imaginação, da minha compreensão.
Deus não pode ser adorado do meu ou do teu jeito, mas do jeito que Ele deseja ser adorado, porque Ele é Deus. É Ele quem determina o que devemos fazer e não ao contrário. É Ele quem dita as regras, e nós, inteligentes, obedecemos. E não ao contrário. Se for ao contrário, aquilo que chamamos de “Deus” nada mais é que a nossa imaginação ou manipulação.
Eu não sei você e nem posso forçá-lo a crer, mas eu creio que exista um Deus assim: Soberano, Justo, Bom, Pai, Digno e Amoroso. Não posso provar, nem ver e nem tocar (cientificamente falando); mas posso ler e crer.
Não posso provar cientificamente que o livro que trata sobre esse Deus foi, realmente, inspirado por esse Deus. Mas tudo que está escrito ali, me leva crer nesse Deus Soberano, Justo, Bom, Pai, Digno e Amoroso. Mesmo que algumas histórias me assustem. Mesmo que a imagem desse Deus tenha sido manchada por causa do nosso erro em rejeitá-lo.
Afinal de contas, segundo o livro que trata sobre Ele, “felizes são os que não viram e creram”.

Felipe Alves Davi

1 de abril de 2012

One Tree Hill: Lições de Vida


"I always said that I would make mistakes,
I'm only human, and that's my saving grace,
I fall as hard as I try
So don't be blinded
See me as I really am, I have flaws and sometimes I even sin,
so pull me from that pedestal,
I don't belong there".

Haley J. Scott - Halo

Sim, eu sou clichê. Tem momentos que não dá pra não ser! rsrs. Um desses momentos é agora, quando inicio minha mais audaciosa aventura: escrever sobre One Tree Hill.

Sim, eu assistia OTH; porém mais por curiosidade do que por curtição. Não é desculpa! Sempre pintava aqueles momentos: "vai, anda logo..quero saber o que vai acontecer" ou "ai que saco, depois eu vejo"... até que eu me irritava com tudo e procurava na net o resumo do episódio (quem ficou com quem, quem foi o heroi, quem morreu, etc). Vale ressaltar que os episódios que pulei, me arrependi. Voltei para entender o contexto. kkk

Alias, assistia também porque achei um bom recurso para usar no ministério com adolescentes. O.o!! Pegava algum episódio específico para tratar com eles sobre drogas, sexo, estudo e vida com Deus (por incrível que pareça!!!). Foi bom esse tempo, aprendemos muito. Aprendi muito!

Contudo, confesso que chorei com vários episódios de OTH e que odiei muitos personagens (rs), mas este episódio... foi arrebatador. Não só pelas cenas, mas pelas verdades contidas nas cenas.. deu até vontade de escrever sobre OTH! Por isso estou aqui.

Eu não sei se Mark Schawhn tem algum tipo de religião (deve ter) ou ser era, sendo bem específico, Cristão; mas, apesar de alguns 'flashes' de idéias que eu não acredito, a obra inteira tem conteúdo. Conteúdo pra vida, pra família, pro ser humano. Não sou fã de dramas, mas One Tree Hill tem muita coisa pra ser aproveitada. Vamos por partes:

Família - A série deixa claro que família é o mais importante. Mostra os diferentes problemas que as famílias enfrentam atualmente, sem esconder nada. Aliás, penso até que pegaram um pouco pesado no drama. Até parece que foi uma mulher que escreveu os episódios. Kidding! :-p. O valor de família é muito forte, a ponto de nos fazer (ou me fazer, rs) querer ser pai, por exemplo (não Amor, vc não pode opiniar aqui. rsrs). Vê a atuação de jovens atores, bons jovens atores, mostrando ao mundo que pode existir harmonia em uma família é divino.

Amigos - Outra realidade mostrada na série é quem são amigos, the real ones! Primeiro, amigos verdadeiros podem estar perto ou longe, mas ainda serão. Veja o caso de Haley & Lucas. Amigos são quase família. Alias, são da família, só não tem o 'sangue'. E mais uma coisa, apesar de serem amigos, cada familía tem seus problemas, suas crises. Quando um precisa do outro, eles estão lá. Amizade é isso... Any place, any time! (Qualquer hora, Qualquer lugar!).

Crises de Adolescentes e de Jovens - Ótimas abordagens sobre essas questões e problemas que muitos adolescentes passam. Acho que não teve nenhum problema/assunto que não foi explorado, mas não tenho certa. Faz tanto tempo que vejo essa série. O legal é que as situações aparecem no dia-a-dia de qualquer ser humano. Quem não tem problema com os pais, pais separados, briga de irmãos, problemas na escola, bullying, etc. É a realidade e a realidade precisa ser tratada com seriedade, responsabilidade e bom humor.

One Tree Hill está acabando, como tantas outras séries que foram relevantes pra suas respectivas gerações. Não só séries dramáticas, mas séries que, com muito bom humor, satirizavam as coisas ruins da vida e exaltavam o melhor do ser humano. Creio também que isso é divino.

One Tree Hill está acabando. Está na hora de vivermos coisas novas, continuarmos com nossa vida. Assim como cada série tem suas temporadas, nossa vida também tem. Quase viver na tela de um Cinema.. rsrs. É o que está lá escrito em Eclesiastes.. há tempo de chorar, tempo de sorrir, tempo de plantar, tempo de colher, tempo de abraçar e tempo de se afastar do abraço. É hora de mudar a direção. É hora de estar longe. É hora de percorrer novos ares. É hora de mais responsabilidade. Tanto pra mim, quanto pra vocês.

E como "One Tree Hill" foi única (Karen says: - Lucas, there's just one Tree Hill, and it's your home), nossa vida também é única. Deus nos deu para aproveitá-la com o melhor que Ele pode dar. Confiar em Deus, aqui, é IMPRESCINDÍVEL!

É nesse clima de mudanças, choros, alegrias, aprendizado e lições de vida que me despeço.. Ah, foi mal.. ainda tem mais 2 episódios! rs

Enfim,
Persiste em Ler, Exortar e Ensinar.
I Tim. 4:13

Phill Davi

15 de junho de 2010

Onde Está o Seu Coração?

“Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento porque Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. Mateus 22:37 João 4:24

Há muito tempo, em todas as igrejas que eu já passei e visitei, tenho ouvido essas expressões: "Hoje, o culto não foi bom"! Ou, "Hoje, o culto foi muito bom. As músicas de hoje estavam legais". A minha pergunta é: não seria Deus que deveria julgar como o Culto foi ou deixou de ser? Aliás, Deus deve fazer esses julgamentos com uma única pergunta: "Onde, meu filho, está o Seu Coração?".

Posso afirmar que Deus não está preocupado com as músicas bem selecionadas, nem com a peça que foi ensaiada e muito menos com a coreografia memorizada. Estas somente são nossas Expressões de Louvor. Levantar a mão, fechar os olhos, bater palmas, cantar, dançar são expressões que foram traduzidas dos nossos sentimentos - alegria, amor, esperança, reverência, etc.

É ruim?! Não, jamais! Temos e devemos, sim, expressar o nosso louvor a Deus, sempre. Vale ressaltar que são vários termos, no original, usados para a palavra Louvor, o que quer dizer, que não são somente as artes, em si, mas ações de gratidão; ou seja, ações que mostram o nosso coração grato a Deus; o que nos traz de volta a pergunta que Deus faz a nós: "Onde, meu filho, está o Seu Coração?".

Por muitas vezes, achamos que podemos medir aquele momento de culto somente pela apresentação dos músicos, dançarinos e atores, como se estivéssemos num teatro; fazendo com que sempre coloquemos a culpa no Ministério de Louvor, Música, Adoração da igreja local. Felizmente, a responsabilidade deste ministério, em termos numéricos, é de 40%, no máximo. Os outros 60% são de responsabilidade da própria igreja local.

Como assim?! Ora, no Antigo Testamento, o Louvor e a Adoração ao Senhor passavam pelo crivo dos Levitas. Eram eles que limpavam e ornamentavam o Templo. Eram eles que ofereciam sacrifícios para o povo ser perdoado dos pecados. Eram eles e somente eles que podiam ser os músicos, dançarinos e atores naquela época. Já, no Novo Testamento, quem são os Levitas?! Segundo 1 Pedro 2:9, somos nós! A Igreja de Cristo são os Levitas. Ou seja, se a Igreja toda não vem com o coração para louvar e adorar, como uma parte pode fazê-lo?! Por isso afirmo que Deus vive nos perguntando: "Onde, meu filho, está o Seu Coração?".

É claro que os 40% do Ministério de Louvor, Adoração, Artes ou Música, conta! Claro que sim. Esses 40% estão resumidos, basicamente, em Vida com Deus, Alegria de Servir no momento de Adoração Coletiva (culto, celebração), Embasamento Doutrinário (todas as músicas usadas no culto a Deus precisam ser fieis a Palavra e seus ensinamentos) e Apuração Técnica (estudar, ensaiar, se aprimorar para fazer o melhor); pois Deus merece e quer o nosso MELHOR! Contudo, a Adoração ao Senhor é responsabilidade da Igreja de Cristo. Deus não quer só 40% louvando. Deus quer o 100%. Deus quer a Igreja inteira louvando e adorando. Ele quer o nosso MELHOR!

O engraçado é que a Adoração precisa ser 24 horas por dia, 7 dias por semana. Não começa ou termina no domingo. A Adoração começa dentro do nosso quarto, orando, lendo a Palavra e colocando tudo que aprendeu em prática. Adoração começa conhecendo, reconhecendo e proclamando Deus.

Como meu pastor diz, Adoração é se colocar na mão de Deus e deixar ser conduzido por Ele. Adoração é ter relacionamento com Deus. Adoração é depender de Deus.

Enfim, sabe o que é mais engraçado? A pergunta sempre volta a me incomodar: "Onde, meu filho, está o Seu Coração?".

Phill Davi A Cotidiana Música e a Poesia da Vida

4 de março de 2010

Viva Vivaldi!! | Veneza, 4 de Março 1678


Nada como ouvir uma boa música! (e quando falo de boa música, refiro-me àquelas bem feitas, bem elaboradas, com o intuito de ensinar ou entreter... mas que no fim, elas acrescentam coisas boas e relevantes). Bem, se ouvir é bom, imagine ver ou fazer?!

Neste 4 de Março, fui lembrado (via Google.. rsrs) que Vivaldi foi e é um grande compositor, músico do período barroco, que influenciou muitos músicos e foi o primeiro compositor a usar consistentemente a forma ritornello em seus concertos, como pode ser verificado em "As Quatro Estações". Aliás, diga-se de passagem, teve grande influencia sobre J.S.Bach!!



Johann Sebastian Bach foi deveras influenciado pelo concerto e Aria de Vivaldi (revivido nas sua Paixões e cantate). Bach transcreveu[4] alguns dos concertos de Vivaldi para o cravo, bem como alguns para orquestra, incluindo o famoso Concerto para Quatro Violinos e Violoncelo, Cordas e Baixo Contínuo (RV580). Wikipedia.org



Deixo com vcs uma das grandes e mais famosas obras de Vivaldi.. "As Quatro Estações".

Le quattro stagioni (OP.8, N.1-4, RV271). Esses quatro concertos para violino e orquestra são parte de uma série de 12 publicados em Amsterdã, em 1725, intitulados Il cimento dell'armonia e dell'inventione. Ao contrario da maioria dos concertos de Vivaldi, esses quatro tem um programa claro: vinham acompanhados por um soneto ilustrativo impresso na parte do primeiro violino, cada um sobre o tema da respectiva estação. Não se sabe a origem ou autoria desses poemas, mas especula-se que o próprio Vivaldi os tenha escrito.As qualidades da musica de Vivaldi - temas concisos, clareza da forma, vitalidade rítmica, textura homofônica, frases equilibradas, diálogo dramático entre solista e conjunto - influenciaram diversos compositores, entre eles J.S. Bach, que transcreveu vário de seus concertos para teclado.



Enfim, Persiste em Ler & Orar!

Phill A. D. Banks

4 de fevereiro de 2010

Rádios Evangélicas: Eu juro que tentei

Engraçado é que achei que eu era meio doido, mas depois de ler esse texto, espero, e muito, que eu seja… doido por não acreditar em tantas bobagens (cantadas e faladas) que são jogadas 24h pela mídia (principalmente a chamada evangélica). Leiam o texto, que não é de minha autoria, mas assino embaixo!!

radio

Há cerca de um mês eu mesmo me propus um desafio. Há tempos não parava para ouvir uma rádio evangélica, não que eu não tivesse tempo, eu não tinha mesmo era paciência. Mas fui duro comigo mesmo, e tentei. O que ouvi e percebi nesse desafio é o que passo a narrar neste texto.

Aqui quero abrir parênteses. Na lista de discussão do site no
yahoogrupos. com.br, o Renato Fontes escreveu o seu diário de sofrimento ao passar uma semana somente ouvindo rádios evangélicas. Confesso que ele foi mais corajoso que eu. Só agüentei poucas horas.... e é sobre isso que quero falar.

Minha primeira conclusão é que estamos passando por um grande deserto. A igreja deve estar passando por um grande período de estiagem, de seca. Só isso pode explicar a quantidade de músicas pedindo chuva. Faz chover, derrama tua chuva, vem com tua nuvem, abre as comportas do céu, derrama a chuva, chuva de avivamento.. .

Em contrapartida, também fala-se muito de fogo. Quando não é chuva, é fogo. Realmente é fogo ouvir tanta coisa assim. Tinha até uma música (?) falando do "diabo fazendo careta, e o crente com esse fogo faz churrasco de capeta". Acho que a mesma música ainda falava de "fogo no diabo da cabeça aos pés".

As outras falavam de fogo como algo bom. Não consigo ver isso na linguagem bíblica. Fogo sempre está relacionado a destruição, juízo, etc. Era tanto fogo que, é claro, tinha que ter alguém se derretendo. Pois é exatamente o que diz uma das músicas que ouvi, num super arranjo instrumental, muita animação, uma letra boa até o ponto que fala que "eu vou me derreter..."

Lembrei-me, e não tinha como não lembrar, dos amigos de Daniel, na fornalha.... nem um fio de cabelo tostado, inteiros, intactos. Eles não derreteram.. Também lembrei de Paulo escrevendo aos Coríntios dizendo que "se alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um, pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo FOGO (...) se a obra de alguém se queimar (derreter), sofrerá ele dano." Bem... eu continuo querendo não ser derretido.

Outra coisa. Alguém pode pedir para os "levitas" pararem de pregar entre as músicas? O pior é que o choro das milhares de "valadões" deu lugar a voz ofegante e "cansada" dos "Quinlans, Sheas e Fernandinhos" . Parece que os camaradas correram uma maratona antes de chegarem ali, então gritam com voz rouca, emocionada, sensual (também, com tanta música falando de beijo, abraço, colo, carinho, etc). E o público delira...

Previsão do tempo na música "gospel": Se não tiver chuva, o tempo vai ficar nublado. Só isso pra explicar a quantidade de nuvens no céu da música evangélica. As nuvens de glória nem deixam o sol da justiça brilhar, esse é o problema. Aliás, nuvem de glória não, shekiná (esqueci que tudo agora tem que ser em hebraico). Shekiná prali, Shekiná pra lá, nuvem, peso de glória, nuvem carregada. Sai de baixo... vem temporal aí!

Aliás o tempo também está propício a romances. Como tem músicas românticas no nosso meio. Engraçado é que pra não dizerem que fizeram uma música SOMENTE romântica, todas elas têm algo do tipo "Deus quem me deu você", só pra não admitirem que o que queriam mesmo, no fundo no fundo, era fazer sucesso no meio secular, como cantores românticos. Mas como a qualidade não é lá essas coisas, permanecem no meio "gospel", pois aqui qualquer porcaria vende (lá também, mas o jabá é mais alto).

Outro lado dessa moeda, e esse eu acho pior, são as músicas
românticas-sensuais- eróticas que são dedicadas a "Jesus". Também, não era de se esperar menos, afinal de contas, com uma NOIVA tão desesperada. .. É um tal de "quero teu colo", "teu carinho", "quero te beijar, te abraçar"...

Mais legal ainda são algumas capas de CD´s com um Jesus "saradão" vindo resgatar a noiva. Aliás, eu gostaria de perguntar uma coisa: Quem seqüestrou a noiva??? A noiva está sendo preparada ou está em cativeiro??? Sim, porque é tanto clamor pro noivo vir resgatar a noiva que eu já nem sei mais o que pensar. E eu pensando que a noiva estava sendo adornada, purificada,
preparada para as Bodas do Cordeiro. Que nada! Ela está sob domínio do inimigo, necessitando ser resgatada pela SWAT angelical ao comando do noivo "saradão".

Aliás, realmente eles pensam que é assim. Só isso pode explicar tantos cânticos pedindo "libertação" e "cura" para os que já foram salvos. E mais uma vez eu aqui, com cara de trouxa, acreditando que a liberdade conquistada na cruz era suficiente, que o sacrifício ÚNICO de Jesus bastou para me libertar. Nada disso! Todo culto eu tenho que clamar: "Vem me libertar", "Quebra minhas cadeias", "Enche meu coração vazio", "Liberta-me Senhor". E eu pensando que "se, pois, o FILHO vos libertar, VERDADEIRAMENTE SEREIS LIVRES". Que bobagem a minha...

Bem... na verdade foram poucas horas que consegui essa façanha de ficar ouvindo uma rádio evangélica. Não agüentei nem 6 horas... mais um pouco e eu surtava... e eu não podia surtar, estava trabalhando. .. sintonizei na MPB FM... e dei graças a Deus pela boa música popular brasileira.. .

FONTE José Barbosa Junior é escritor, pregador e editor do site Crer e Pensar

Phil A. D. Banks Ler & Pensar

25 de maio de 2009

Ensaio Sobre a Cegueira

Ainda não vi esse filme e tão pouco li o livro, mas tanta gente tem falado tão bem e, além disso, achei esse texto muito bem redigido sobre estes, que não resisti. Taí o link pra vcs lerem-no!

http://unijovempinda.blogspot.com/2009/03/ensaio-sobre-cegueira.html

Aproveitem, é show!

Enfim,
Persiste em Ler, Exortar e Ensinar. I Tim. 4:13

Phill Davi

6 de abril de 2009

Entre o Axioma Divino e o Sofisma Humano

“Um texto do Vital, moderador do blog Informativo Batista. Vale a pena ler e refletir sobre…” Felipe A. Davi (Phill)

Dhepardes_with_goat_sheep_and_cow

O pastorado feminino não é uma contradição bíblica porque a Bíblia não contradiz-se. E ponto final. Mas, é uma dificuldade de interpretação humana da Palavra de Deus. (Grifo meu).
A rigor não existe um versículo bíblico que aponte que se deva consagrar ou ordenar, para ser correto, impor as mãos sobre as mulheres. E também não existe nenhum que diga que não se deva.Todas as divagações, tendendo para uma interpretação, positiva ou negativa, são tentativas frustradas e com olhar indireto da Palavra de Deus, com a pretensão de solucionar o mistério, baseados em contextos ou versículos bíblicos.

É mistério de Deus? Para mim é mistério de Deus.
Mas, sou humano também e também tendencioso no meu olhar...

A mulher profetizar é um axioma da Palavra de Deus, é incontestável. Em I Coríntos 11:5 Paulo coloca tal situação de forma insofismável. Também é um axioma inegável que a profecia é um dom e o segundo dom, de acordo com Paulo em I Coríntios 12:28 e todo o capítulo 14 de I Coríntios é uma aula sobre profecia. Ora, os seminários são rotulados como "casa de profetas" em função de formar pastores em atendimento a I Coríntos 14:3. Os seminários são casa de mulheres, também...
Entre o axioma divino e o sofisma humano…

Será que a profetisa Ana de Lucas 2:36-38, não era uma pastora?Como afirmar que não era uma pastora? Pela narração pode-se concluir com facilidade que era uma autêntica pastora. Depende do espírito de quem vai ler e interpretar tão somente.
Entre o axioma divino e o sofisma humano…

João Ferreira de Almeida, nosso biblista era machista? King James, nosso biblista era machista? Por que ao traduzirem a Bíblia em Romanos 16:1 colocaram Febe como diaconisa (têm textos que colocam como serva) sendo que a palavra grega é diákonon? Ora por que a mesma palavra diákonon no sentido masculino em I Cor 3:5 rotula Paulo e Apolo como ministros e não como diáconos ou servos?
E por que os demais biblistas seguem a mesma linha não querendo colocar o dedo na ferida?
Entre o axioma divino e o sofisma humano…

Será que Dorcas, Lídia, Priscila, Evódia, Síntique, Trifena, Trifosa e
Pérside não foram pastoras, literalmente? Quem garante?
Entre o axioma divino e o sofisma humano…

Quem garante que entre os 70 ou 72 da Grande Comissão de Jesus de Lucas 10:1-21, não estavam as famosas irmãs carnais de Jesus, ou Marta, ou Maria Madalena? Os teologozinhos de plantão garantem alguma coisa? Já foram no céu ver e voltaram para contar?
Entre o axioma divino e o sofisma humano…

Prefiro, também, ficar com o Dr. Rui Xavier Assunção da Igreja Batista Itacuruça, Rio de Janeiro:
"Nós que nos orgulhamos de seguirmos os ensinos bíblicos não nos lembramos de Deuteronomio 10:17; Atos 10:34 e Romanos 2:11, entre outros, que dizem claramente que Deus não faz acepção de pessoas. Acepção, no caso, significa preferência. Deus não prefere pastores ou pastoras, Ele escolhe a quem lhe aprouver, homem ou mulher. Deus não faz acepção de pessoas mas nós fazemos".

No mistério pastoral prefiro ficar com as pastoras.
Elas só fazem bem.
Só são bênçãos na Causa do Senhor.

Entre o axioma divino e o sofisma humano, prefiro ficar com Deus... Que tudo pode.

Vital.

31 de dezembro de 2008

Há Uma Esperança - Musical de Natal


Movido pelo relato do irmão Daniel da PIB Niterói, também gostaria de contar as bênçãos aqui da Memorial de Vila Valqueire. Sou seminarista nessa igreja há três anos. Já a conhecia, mas não como agora.
Desde os meus 15 anos, quando comecei nesse negócio de MÚSICA (risos), tenho escrito pequenas peças para serem apresentadas junto às cantatas de natal/páscoa. Fiz isso quando fui membro da PIB Sulacap, por três anos; depois quando estava em Leopoldina-MG, por um ano, ajudando no ministério dos meus pais, e agora na Memorial. Ela (a igreja) não tinha uma tradição coral, talvez por falta de liderança nessa área, apesar de ter 19 anos. Contudo, encontrei pessoas dispostas a esse trabalho. Antes, eles só se reuniam em meados de Outubro pra ensaiar alguma cantata. Hoje, temos um Coro que está crescendo e se aperfeiçoando, graças a Deus!
Então, inspirado por esse coro, pelas pessoas, e também, pelas aulas de gestão da música na igreja no STBSB - que abriu a minha visão - escrevi um Musical chamado "Há Uma Esperança". Esse musical enfoca o nascimento de Jesus como esperança para o mundo, baseado na história do Jó moderno, Horatio Spafford.
Horatio Gates Spafford foi o autor da letra do hino "Sou Feliz Com Jesus" (329 HCC e 398 CC), musicada por Phillip Paul Bliss. Horatio fica falido, depois de um grande incêndio em Chicago, que acaba arruinando com seus investimentos. Nessa época, ele já era um dos amigos e sustentadores do Missionário Moody. Além de perder os bens, perde também seu único filho homem.
Sua esposa, mesmo depois de anos, ainda sofrendo a morte do filho, precisa ir para Inglaterra, para tratamento, a convite de Moody. Contudo, no dia do embarque, Horatio consegue um financiador para seus negócios lá mesmo nos EUA. Sem saber o que fazer, pois não queria perder a oportunidade de levantar seu negócio, e também não queria deixar sua esposa sem tratamento, manda ela e suas filhas, com mais alguns sobrinhos, para Inglaterra, no navio Ville du Havre.
Precisamente no dia 22 de Novembro de 1873, o navio afunda com suas filhas. A única que se salvou foi sua esposa. Depois de vários dias, já em Dezembro, sua esposa consegue enviar um telegrama um tanto dolorido. Horatio, ao receber a carta, parte imediatamente para a Europa. Durante o percurso, Horatio escreve esse belo hino que fala também a nós e por nós.
Essa história foi recheada com várias músicas, algumas afirmando que Deus é Poderoso e Jesus, seu filho, nosso salvador é exemplo de vida; outras, falando do seu amor e cuidado para conosco, mesmo em tempos difíceis.
O momento mais marcante do musical foi quando o narrador conta sobre a hora em que o navio está afundando e a sra. Spafford, não sabendo o que fazer com todas aquelas crianças, ouve de uma de suas filhas mais novas que "Deus cuidaria deles".
Vale ressaltar que músicas clássicas como "Sê Forte e Corajoso" e o próprio hino "Sou Feliz com Jesus" fizeram até o Coro chorar!
Agradeço a Deus por mais este musical de natal. Creio que ele tenha sido um dos melhores musicais, não pela técnica, mas porque todos participaram: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos! Isso que foi o mais bonito!

Obrigado Memorial de Vila Valqueire,
Obrigado Senhor,

A Ti, Deus Pai, Todo Poderoso,
Ao Espírito Santo, nosso Consolador, Ajudador e Guia
E a Jesus Cristo, Maravilhoso Conselheiro, Príncipe da PAZ,
Toda Honra e Glória
Nos Céus e na Terra,
Para Todo o Sempre
Amém!

Enfim, Persiste em ler, Exortar e Ensinar!
Phill Davi

7 de outubro de 2008

Onde estão os protestantes?

People, volto a postar algo bem relevante aos que se dizem EVANGÉLICOS!

Vamos, por favor, dá uma olhadinha no nosso passado, pra mudar o rumo do nosso futuro.

Com vcs, OS PROTESTANTES E AS OLIMPÍADAS!

"Creio que todos nós brasileiros, lamentando a falta de políticas públicas para a área dos esportes, vibramos com a medalha de ouro conseguida pela nossa seleção feminina de vôlei, a de prata pela seleção masculina, e com as boas apresentações das equipes de basquete. Como a história é escrita pelos vencedores ou pelas maiorias (e não premia aqueles que não cultivam a própria memória), ninguém teve o interesse de se perguntar quem (e como) trouxe essas modalidades esportivas para o Brasil.

A verdade histórica é que o basquete e o vôlei foram introduzidos no Brasil pelos colégios protestantes no final do século 19 e início do século 20. O Colégio 15 de Novembro, em Garanhuns, PE, onde estudei, o mais antigo educandário evangélico do Nordeste, construiu a primeira quadra poliesportiva coberta naquela região e sediou um campeonato nacional juvenil nos idos de 1959.

Os colégios protestantes (presbiterianos, metodistas, batistas, anglicanos e outros) foram pioneiros em muitos aspectos na educação nacional:

a) primeiras escolas mistas (para homens e mulheres); b) primeiras escolas técnicas profissionalizantes: agrícolas, industriais e comerciais; c) introdução da disciplina educação física; d) introdução do basquete e do vôlei.

Ao contrário da cultura ibero-católica aristocrática, valorizavam-se as mãos, o corpo e o trabalho. Essas escolas, que abrigaram, inicialmente, os filhos discriminados da minoria protestante, se abriram para a emergente classe média (de Gilberto Freyre a Ariano Suassuna) e concedeu bolsa a milhares de carentes. O ex-presidente da República Itamar Franco (um órfão), conseguiu terminar os seus estudos secundários graças a uma bolsa concedida pelo Colégio Metodista de Juiz de Fora, MG, por ser um excelente jogador de basquete.

As escolas protestantes estavam imbuídas da ideologia do progresso (religião superior + democracia + progresso), o que levou o ex-presidente da República Café Filho a afirmar, em sua autobiografia: “Aprendi a amar a Democracia na escola missionária de Natal (RN)”. O Movimento da Escola Nova buscou nesses colégios muito do que seria introduzido na educação pública no Brasil.

O protestantismo de imigração já estava no Brasil desde a Regência: os ingleses, urbanos, com o comércio e a indústria, e os alemães, rurais, com a agricultura; o protestantismo de missão, desde 1855, com a chegada do pioneiro pastor e médico escocês Robert Reid Kalley. Essa fase (1810-1910) foi marcada por uma visão missionária de participação e influência na cultura e nas instituições brasileiras, o que levou a minoria protestante a se envolver nas causas da Abolição, da República e do Estado Laico. Em geral eles eram pós-milenistas (otimistas) ou a-milenistas (realistas) em escatologia.

Essa visão permaneceu nas propostas sociais, das pequenas bancadas evangélicas às Constituintes de 1934 e 1946, ao fomento de uma geração de intelectuais nacionalistas e socialmente reformistas, ao trabalho aglutinador, conscientizador e profético da Confederação Evangélica Brasileira (1934-1964), ao engajamento no incipiente sindicalismo rural do pré-64.
Com a importação das controvérsias teológicas norte-americanas (evangelho social versus evangelho individual; liberalismo versus fundamentalismo), da escatologia pré-milenista/pré-tribulacionista; com a vinda de um pentecostalismo “branco” (isolacionista), que, ainda por cima, absorve aspectos legalistas, anti-corpo e anti-prazer do catolicismo de romaria no interior do Nordeste (hoje, com uma nova geração lúcida querendo mudar); com a Guerra Fria, com a ditadura militar, os protestantes brasileiros entraram em uma amnésia coletiva que afetou a sua identidade.

O divisionismo denominacional, a importação de toda novidade do estrangeiro e o fenômeno do pseudo-pentecostalismo (que nem é evangélico, nem é protestante) agravaram essa crise de identidade. As atuais gerações não conhecem seu passado (personagens, fatos, idéias), nem suas bases teológicas; não sabem quem são, nem para que servem (uma multidão isolada, alienada e sem visão de participação). Seu crescimento numérico não tem alterado as mazelas nacionais, pois permanecem reduzidas às emoções, ao subjetivismo, ao individualismo, aos cultos-espetáculos estrangeirizados. O nosso passado é onde podemos buscar o nosso futuro. O quadro atual pode e deve mudar.

O basquete e o vôlei são, em muito, nossos. Os protestantes, mais do que todos, deveriam ter razão para comemorar!"

Dom Robinson Cavalcanti - Dom Robinson Cavalcanti é Bispo Anglicano da Diocese do Recife e autor de, entre outros, Cristianismo e Política (teoria bíblica e prática histórica) e A Igreja, o País e o Mundo (desafios a uma fé engajada).