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30 de junho de 2014

A Importância do Ministro de Música na Obra de Deus


Boa noite!!
Em uma das minhas pesquisas e "surfadas" pela internet, deparei-me com o texto abaixo sobre a figura do Ministro de Música.
Decidi compartilhar com vocês!!


A figura do ministro de música remonta aos tempos do tabernáculo, mesmo no deserto com pouca estrutura de culto e precária acomodação, as celebrações ao Senhor eram acompanhadas por pessoas especialistas em música. Estes homens e mulheres eram artistas que não somente tocavam, mas produziam seus instrumentos.

Já nos dias de Davi uma estrutura um pouco mais elaborada começa a aparecer no culto, é neste período que temos nominados os primeiros ministros de música: Asafe, Hemã e Jedútun. Com a construção do templo, no reinado de Salomão pouca coisa foi acrescentada na forma litúrgica.

A organização e as escalas dos cantores foi uma das marcas deste tempo e, ao que parece, Salomão com base no que Davi tinha idealizado e com a influência de outras culturas faz os turnos dos levistas e cantores. O templo era o principal símbolo do judaísmo e a música a principal expressão da religiosidade judaica. Esta estrutura durou por muitos anos vencendo inclusive crises políticas e religiosas que culminaram com a divisão do reino, mas a adoração no templo continuava sem alterações relevantes, sendo mais tarde interrompido este processo com o exílio babilônico. No livro de Salmos temos os nomes de alguns ministros que serviram tanto no templo de Salomão como no tabernáculo; estes homens foram responsáveis pela autoria dos salmos cantados nas celebrações do povo de Israel.

Estes homens e mulheres escolhidos por Deus para liderarem as celebrações e serem responsáveis pelo culto a Deus eram sustentados pelos dízimos e ofertas do povo e viviam do seu trabalho no templo. Eram pessoas de estrema qualificação, escolhidos por suas habilidades naturais e talento musical. O ministro de música na igreja exerce função multi ministerial; ele atual como professor, pastor e conselheiro. Muitos pastores ainda não acreditam que suas igrejas precisam de um ministro de música, e sim de um bom músico. Ledo engano, pois bons músicos estão sobrando por aí, mas ministros de música capazes de liderar o culto e serem relevantes no processo de formação de lideres, com a visão de adoração bíblica e com uma visão contemporânea de culto, não se acha com facilidade por aí. Por isso acreditamos na formação musical de nossos vocacionados e recomendamos o preparo acadêmico não somente na área técnica, mas também uma preparação bíblica e teológica. O ministro de música é esta pessoa que além de bom músico, capaz de liderar o canto na igreja é também um líder espiritual que exerce influência através daquilo que ele vivenciou na sua experiência cristã. Os batistas são pioneiros no Brasil na visão musical no culto. Os primeiros ministros de música que surgiram no Brasil foram formados em Seminários Batistas e hoje atuam em igrejas de várias denominações.

O Estado do Espírito Santo é contemplado com uma visão de ministério de música bem ampla e privilegiada. Que as igrejas batistas capixabas continuem a valorizar esta pessoa tão especial e tão importante que é o ministro de música e que não nos esqueçamos que, assim como o pastor, o ministro de música também é chamado por Deus para uma obra específica e relevante na seara do mestre. Louvamos a Deus pela vida de todos os ministros de música de nosso Estado e que o Senhor Deus possa encher o coração de cada um de alegria neste dia em especial. Parabéns ministros!

Pr. Ednan Santos Dias da Silva
Presidente da CBEES

MM Judson L. Thompson
Presidente COA da CBEES

10 de junho de 2013

Da série “Bandas de Igreja ou Equipe/Ministério de Louvor”:

Relacionamentos!

Não é nada engraçado ver as chamadas "equipes de louvor" fracassarem em sua função para com a congregação: ajudar, guiar, nos momentos dos cantos congregacionais. Em muitas igrejas, a figura do Regente - que era o guia dos cantos congregacionais - se perdeu. Fato, mas triste. (Hoje, o regente da igreja é a bateria). Contudo, creio que podemos ter um canto congregacional de qualidade (tonalidades adequadas para a congregação, letras cristocêntricas com conteúdo bíblico-teológico e técnica musical bem aplicada a prática de conjunto).
O problema é que mesmo sabendo tudo isso, muitas bandas esquecem algo primordial: o relacionamento interpessoal. Isso porque, na Igreja - pasmem! - o povo esquece as recomendações de Jesus: "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?".

Pensando nisso, achei um artigo chamado "10 Atitudes Proibidas no Trabalho em Equipe*", da Revista Exame. Vou usar como base e "traduzir" para o contexto de uma banda.

1. Ser inflexível e não transparente na comunicação
“Um dos principais erros é a pessoa se comunicar da mesma forma com todo mundo”, diz Marcia Rezende, diretora do Instituto de Thalentos. Conforme ela explica, comunicar-se bem não é simplesmente falar bem. “É preciso ter flexibilidade na comunicação e vontade de compreender o outro”, explica.
“É algo relacionado à empatia. Se uma pessoa é mais delicada o ideal é ser mais sutil na comunicação, com alguém mais focado em fatos e dados é melhor ser mais objetivo”, diz Meiry Kamia, consultora organizacional.

Ou seja, precisamos aplicar o que está escrito em Filipenses 2:3: "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo".

2. Não alinhar o objetivo
"Se essas pessoas não encontram um objetivo em comum que mova a equipe, todo o trabalho pode ser comprometido”, segundo Marcia. “Uma equipe desalinhada custa para a organização”, diz.

Os componentes de uma banda/equipe de louvor precisam se perguntar: "qual é o meu objetivo em participar dessa equipe, nesta igreja?"



3. Comprometimento zero
Um participante não comprometido vai prejudicar os resultados atingidos por toda a equipe. “Sem valores e objetivos alinhados, a chance de faltar comprometimento é alta porque o trabalho precisa fazer sentido para o profissional”, diz Marcia.

A velha história de sempre: Compromisso. Se você não se doar pela equipe, não priorizar o serviço/ministério, trocar outros eventos pelos ensaios/cultos ou não respeitar a escala, os resultados serão mínimos. Por isso é importante se comprometer com no máximo 3 ministério na sua Igreja.

4. Falta de planejamento e de respeito a prazos
Sem participantes focados e com planejamento nenhuma equipe vai para frente. É importante que as prioridades sejam dadas e que cada um saiba muito bem qual o seu papel dentro da equipe e siga à risca o que foi definido, na opinião de Márcia. “É preciso saber o que é urgente, o que é prioritário e respeitar os prazos”, diz a especialista.

Existe ou deve existir um planejamento na sua banda. Escala de cultos, músicas novas, arranjos novos, ensaios extras, acompanhamento de Coros, Solistas, Grupos, etc. Os componentes precisam respeitar o planejamento. Igreja não é "cada um faz o que quer, quando quer e na hora que quer".

5. Criticar um participante na ausência dele
Descontente com a atitude de um dos colegas de equipe, o profissional reclama dele para as outras pessoas. Pode até parecer inofensivo, mas não é, segundo Meiry.
“Gera um mal estar tremendo”, diz a consultora. “Falar diretamente é muito melhor porque reduz a interferência e dá a chance de a pessoa receber um feedback sobre as suas ações”, explica.

Chamamos essa atitude de "fofoca" na Igreja e isso deve ser abolido. Além disso, quando for conversar com o outro irmão sobre as tais atitudes, precisa ser com amor, respeito; afinal de contas, ele deve ter algumas reclamações sobre suas atitudes também, já que NINGUÉM é perfeito.

6. Desvalorizar o trabalho do outro
Em mercados cada vez mais competitivos, a tendência é valorizar demais o trabalho individual dentro da equipe e ignorar ou desvalorizar o esforço dos outros participantes. “Com a competitividade como pano de fundo, este é um erro comum”, diz Meiry. Lembre-se de que uma postura assim transmite a imagem de arrogância.

Por incrível que pareça, na Igreja infelizmente acontece competições, mas não deveria. Todo mundo tem problemas pessoais, todo mundo tem algum defeito ou dificuldade de aprendizado. Ninguém é melhor que ninguém, nem na vida e muita menos na Igreja.

7. Não assumir erros
Certamente uma pessoa assim já deve ter cruzado o seu caminho. Ótimos em apontar o dedo e denunciar o erro alheio e péssimos na hora de assumir seus próprios equívocos. “Se alguém da equipe erra, o certo seria que o erro fosse encarado como sendo de todos, mas infelizmente a realidade não é essa”, diz Meiry.

"Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão". Mateus 7:1-5

8. Ignorar as regras estabelecidas pela equipe
Respeito às diretrizes é essencial, mas nem todo mundo faz isso. “Muitas pessoas acabam ignorando as regras e fazendo as coisas do jeito que elas acham melhor”, diz Meiry.

Se existe uma liderança, boa, que está indicando o melhor caminho, não há porque criar problemas. Questionar, sim. Criar contendas, não. Seja obediente!

9. Desequilíbrio emocional
Tomar feedbacks negativos como perseguição pessoal, melindrar-se diante de críticas construtivas, perder a calma e apelar para gritos e grosserias. Estes sintomas podem indicar que o profissional peca em relação ao equilíbrio emocional, segundo Meiry. Além de ser prejudicial ao andamento do trabalho de toda a equipe, há o risco de essa pessoa acabar isolada.

Isso é o que muitas vezes acontece dentro de uma equipe de louvor. Chamamos isso de "falta de maturidade". Ser maduro não é somente saber, mas colocar em prática tudo o que sabe. A Bíblia diz: "considere os outros superiores a si mesmo". Na prática, "coloque-se no lugar do outro e analise a sua vida, veja se há algo que você precise mudar e não queira mudar o outro. Jesus sempre se reporta para nós como indivíduo - não julgues, não aponte, tira a viga do (próprio) olho". Jesus não diz: "O outro precisa mudar". Ele diz: "Você precisa mudar!".

10. Não aceitar as diferenças
Entender que a heterogeneidade de uma equipe é um aspecto a ser valorizado nem sempre é comum. “Entender e respeitar as diferenças é essencial, mas muita gente quer moldar as pessoas de acordo com seu ponto de vista”, diz Meiry.
É claro que os embates vão acontecer, mas tentar entender os outros é o caminho correto na hora de solucionar conflitos e construir alianças. “Negociação é fundamental”, lembra Márcia.

Difícil é trabalhar numa equipe dividida. Pessoas que não aceitam, de maneira branda, mudanças necessárias. Não aceitam recomendações. Não aceitam ensinamentos novos. Não aceitam uma liderança. Não aceitam ver através dos olhos dos outros irmãos. Só pensam em si, o que é bom pra ele, e somente ele. Porém uma banda de igreja/equipe de louvor precisa entender que está ali para servir a congregação. E quem serve, não manda. Quem serve, se doa.

Que esse conhecimento nos sirva como prática. Não importa o que fez ou deixou de fazer o seu colega de equipe. Faça a sua parte: perdoe, ame e sirva. Perdoe os erros, porque você também tem. Ame o seu irmão, conversando quando for necessário, ajudando-o em tudo. E sirva, com sua música, sua técnica, não só a Igreja, mas o seu colega/irmão de equipe.

Lembrem-se sem Comunhão, não há Adoração. Isso é bíblico!


* Reportagem de Camila Pati (http://exame.abril.com.br/jornalistas/camila-pati); Adaptação, Felipe Alves Davi.

Enfim, 
"Persiste em ler, exortar e ensinar". 1 Timóteo 4:13

20 de fevereiro de 2013

Socorro! Quero um Culto Velho - A Força da Ignorância


Com vocês, um texto de um grande pastor, que ainda não tive o privilégio de conhecer pessoalmente, mas admiro muito: Pr. Isaltino Gomes!

Socorro! Quero um Culto Velho - A Força da Ignorância
(ou: Socorro! Não Aguento Mais Cantar Corinhos!)
Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para o Encontro de Músicos, na PIB de Manaus.

Vivemos mesmo numa época de ignorância, de obscuridade intelectual e de irracionalismo. Infelizmente, a ignorância tem se tornando jóia cultivada neste país, e os mais pensantes são cada vez mais postos de lado. Quando um político de expressão nacional diz que livro é como academia de ginástica: a gente olha e foge, é porque a coisa ficou feia mesmo. O pior é que a ignorância é cultivada com arrogância.
Parece que quanto mais ignorante, mais digno de crédito. E a espiritualidade evangélica tem se distanciado do pensar, que tem sido cada vez mais visto como ato carnal, quando não diabólico. A ignorância está em alta. Está difícil ser evangélico, também, hoje, a quem é pensante.
Ouvi no noticiário televisivo: um rapaz de vinte e poucos anos, gaúcho, estudante de Teologia na Bolívia, desapareceu nos Andes, quando fora escalar uma montanha de 6.300 metros. O rapaz não tem experiência alguma de alpinista, e ainda assim foi sozinho porque, segundo a mãe, queria ter uma experiência com o Espírito Santo, queria encontrar o Espírito Santo. Como achou que ele é boliviano e mora nos Andes foi fazer a escalada.
Com todo respeito: o que leva a uma pessoa a sair do Rio Grande do Sul onde há bons seminários, passando pelo Paraná, onde também os há, e ir estudar Teologia na Bolívia? Respeitosamente: desde quando a Bolívia tem expressão em ensino teológico? Este jovem não tinha um pastor que o orientasse? E o que leva alguém, sem experiência alguma, a escalar sozinho uma montanha de 6.300 metros para encontrar o Espírito Santo?
De onde lhe veio a idéia de que numa montanha encontraria o Espírito?
E como convertido e aparentemente vocacionado, ainda não encontrara o Espírito? O que ensinaram a este jovem na igreja e depois no seminário? Sei que a família está sofrendo e que é hora de consolar, mas não posso deixar de dizer: quanta gente tonta, sem noção das coisas, e usando a espiritualidade como pretexto para a falta de juízo! Mas isto é reflexo do cristianismo que pregamos e cantamos hoje em dia. Cantamos autênticos absurdos teológicos e que se chocam contra a Bíblia, e ficamos por isto mesmo. As pessoas não pensam no que cantam, mas se apenas o ritmo é bom, agitado e as faz sentirem-se bem.
Temos um cristianismo cada vez mais sem Cristo, e cada vez mais com o Espírito Santo, sendo que por Espírito Santo as pessoas entendem uma experiência extra-sensorial. Porque uma experiência com o Espírito aproxima mais de Cristo, pois esta é sua missão. O evangelho está se tornando um ajuntamento de sentimentos, sensações, experiências místicas. Culpo um púlpito que não é exegético e corinhos ingênuos e até tolos. Os muitos corinhos que enxameiam nossa liturgia nos fazem cantar tantas inconveniências que fico abismado que pessoas razoavelmente lúcidas em sua vida secular cantem aquelas letras. Boa parte delas é confusa, sendo difícil ligar uma linha à outra. Pessoas que são professores cantam tantos erros de português, em que “tua” e “sua”, que são pessoas diferentes, se misturam e por vezes nem se sabe quando se fala de Deus ou de alguma outra pessoa.
Raramente se fala de Jesus, e quando se fala dá para notar que Jesus é cada vez mais um conceito para dentro qual as pessoas projetam seus sonhos de consumo ou de classe média, que o Redentor e Salvador. A linguagem é
horrorosa: mergulhar nos teus rios, beber nos teus rios, voar nas asas do Espírito, subir o monte de Sião, estar apaixonado por Jesus, subir acima dos querubins, uma série de expressões que não fazem sentido algum. Mas os compositores estão acima da crítica, mesmo quando fazem coisas ridículas, como andar de quatro em público. E quem canta os tais corinhos se sente bem.
E também não aceita correção. Quem tenta corrigi-los em suas heresias e tolices é vaidoso, carnal, fossilizado, etc. O que vale não é se o que se canta é certo, mas se faz bem. As pessoas querem se sentir bem e ter alguma experiência. O conteúdo do que se canta é irrelevante. Sendo honesto: não agüento mais cantar corinhos! Chamem-me de vaidoso ou pernóstico, que não fará diferença, mas a maior parte dos corinhos, mesmo que na nova semântica se chamem pomposamente de louvor, é uma ofensa a quem sabe ler e interpretar um texto e tem uma noção mínima de conteúdo da Bíblia.
“Eu tenho a força”, bradava He-Man. Uma força mística, não divina, mas uma energia cósmica. Parece-me que é essa força espiritual que as pessoas buscam. Eles não querem aprofundamento no evangelho nem estudar a Bíblia.
Eles querem sensações e experimentar uma força. O evangelho está se diluindo no esoterismo que grassa no mundo atual.
Esta é uma palavra especial aos pastores e ministros de música, que julgo eu, são as pessoas mais responsáveis pelo que acontece e que podem mudar a situação. Quero alinhavar algumas sugestões e lhes peço, respeitosamente, que pensem nelas.

1. FUJAM DO COPISMO

Chacrinha dizia que “na televisão nada se cria, tudo se copia”. No cenário evangélico também. Há uma usina produtora de corinhos, de forma comercial, que massifica nossas igrejas. Nossos jovens cantam as mesmas coisas vazias em todos os lugares. Em várias igrejas se vê a mesma deselegância de adolescentes robustas, saltitando, num monte de véus, no que pretende ser uma coreografia, mas que mostra gestos descoordenados e deselegantes. Chega a ser triste de ver as pessoas saltitando sem habilidade e com uns gestos que nada têm a ver com o ritmo da música. E a gente fica sem saber o que fazer: se olha as jovens pulando, se pensa no que está cantando, se nota as figuras do multimídia, ou os erros de português das letras, ou ainda o embevecimento do chamado “grupo de louvor”, que volta atrás, repete uma estrofe (quando há estrofe), tremelica a voz, faz ar de quem está sentindo dor. Mas é o padrão na maior parte das igrejas. Parece um shiboleth. Quem não faz assim corre risco de ser execrado. Porque os detentores da verdade litúrgica inovadora são fundamentalistas: fora do modelo deles não há louvor nem espiritualidade. Mas eu pergunto: é preciso fazer tudo igual?
Convencionou-se que sim, porque ser antiquado é uma ofensa inominável. E para alguns, fora do padrão corinhos e danças tudo é velharia e não há espiritualidade.
Se você é líder e não concorda, diga que não concorda. Não ceda por medo. Há pastores que têm medo de perder o pastorado e cedem a direção do culto aos jovens. Eles cantam, cantam, e depois se sentam e se desligam do resto da atividade, quando não saem do templo. Há um descompasso entre o que se cantou e o que se prega. Porque se canta um evangelho muito diluído. Há pastores que têm medo de perder o rebanho, massificado por este padrão, e o usam. Tenho ido a igrejas em que pastores ficam alheios aos corinhos (recuso-me a chamá-los de “louvor”), mas dizem-me candidamente: “Eu não gosto, mas o pessoal gosta”. Ele deixa de ser o orientador do povo e passa a ser um garçom que serve o que o povo gosta. Ministro de música também age assim. E também está errado. Se estudou música e passou por um seminário deve ter uma proposta de liturgia menos medíocre e que atenda a todas as faixas etárias da igreja. É sua responsabilidade. Nossos cultos estão sendo empobrecidos pelos corinhos. A música é de baixa qualidade e as letras são aguadas. Os corinhos são cada vez mais efêmeros. Ministro de música, não copie a pobreza musical e intelectual dos corinhos.
Pensar não é pecado. E ser inteligente também não é. Se os “levitas” podem discordar dos que chamam depreciativamente de “conservadores”, por que nós, conservadores, não podemos discordar dos “mediocrizadores” da música evangélica?

2. O QUE A BÍBLIA DIZ?

Tudo na igreja deve ser submetido ao crivo da Bíblia, inclusive o que se canta. Os compositores não estão escrevendo uma nova revelação e estão sujeitos ao crivo da Bíblia. Devem ser humildes e não pensarem de si como oráculos de Iahweh. Quem queira subir o monte santo de Sião deve ler Hebreus
12.22-29 e ver que ele é um símbolo do evangelho, da igreja de Deus, e que cada crente já está nele. O monte Sião não tem nada para nós. Quem queira subir acima dos querubins deve ler Isaías
14 e verificar que alguém quis fazer isto no passado e foi expulso do céu.
Quem cante “Quero ver a tua face, quero te tocar”, deve se lembrar que Deus disse a Moisés: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá” (Êx 33.20).
As primeiras declarações de fé da igreja foram expressas em cânticos.
Muitas afirmações litúrgicas do Novo Testamento foram expressões teológicas que firmaram os cristãos. Lutero firmou a Reforma com suas pregações, seus escritos, mas muito mais com seus cânticos. São cânticos que ficam na mente e muita gente está subindo o monte porque canta isto. A igreja precisa cantar sua fé e sua fé está na Bíblia.
Toda letra de cântico deve ser submetida ao crivo bíblico. O certo não é o que a pessoa sente nem se o que ela canta lhe faz bem. O certo é o que está de acordo com a Bíblia.
O conteúdo do evangelho foi muito definido: Cristo crucificado. Mas pouco se cantam Cristo e a sua cruz. Precisamos cantar o ensino da Bíblia. “Doce canto vem no ar com a primavera, Flores lindas vão chegar com a primavera, Lírios, dálias e alecrins, Violetas e jasmins, O sol vai brilhar, passarinhos vão cantar, Com a primavera”. O que isto tem a ver com Cristo, com a salvação, com a segurança dos salvos?
Temos abandonado a Bíblia como fonte de doutrina, trocando-a por revelações e sonhos de gurus. Temo-la abandonado como inspiradora de modelo gerencial para a igreja, assumindo padrões de administração humana. Muita pregação, mesmo com ela sendo lido, é apenas emissão de conceitos culturais, e sendo ela mero pretexto para o discurso. E temo-la deixado de lado como balizadora do que cantamos. A função do cântico não é distrair as pessoas nem fazê-las sentir-se bem no culto, mas ensinar as grandes verdades de Deus. O culto deve ser doutrinador, sim. Preguei num congresso de jovens em Manaus, e deselegantemente, o dirigente tomou a palavra após minha fala e disse: “Não me interesso por doutrina, e sim por Jesus”. Pedi o microfone de volta e fiz uma pergunta: “Sem doutrina, que Jesus você tem?”.
Com nossos cânticos atuais, não temos Jesus. Em muitos deles temos um espírito de grupo, uma cultura grupal ou um Espírito que mais se parece com a Força de He-Man que com o Espírito Santo. É preciso subordinar tudo ao crivo da Bíblia. O evangelho está se tornando cada vez menos bíblico e mais sentimental. Porque está faltando Bíblia.

3. NÃO DESPREZE SUA HERANÇA TEOLÓGICA E LITÚRGICA

O terceiro aspecto que abordo é este: não despreze sua herança teológica e litúrgica. Há uma tradição que engessa e que fossiliza.
Mas há uma tradição que enriquece e que dá balizamento. O evangelho não começou agora. A igreja não surgiu há alguns poucos anos. Os momentos de louvor e adoração não foram criados agora. Muitos deles, no passado, deixaram marcas profundas de avivamentos que impactaram a sociedade.
Até agora caí de tacape e borduna nos corinhos, sem abrir espaço para reconhecer que alguns sejam bons. Foi de propósito. Creio que consegui um pouco de atenção. Creio que há cânticos bons e que trazem conceitos espirituais seguros. São coerentes, biblicamente falando. E respeitam a herança teológica do protestantismo. Porque este critério também tem valor: os cânticos estão reafirmando nossa fé ou modificando a nossa fé?
Infelizmente, a maioria me deixa desconfortado: não os canto porque não expressam minha fé, a fé em que fui criado, a “bendita fé de nossos pais”, como diz um hino.
Nós temos um passado e não podemos fugir dele. A ignorância do passado leva a cometer os mesmos erros cometidos. Houve uma longa luta para firmar o cânon do Novo Testamento, e precisamos lembrar que é ele que interpreta o Antigo. Muita gente tem cantado o Antigo Testamento, mas nós somos cristãos.
Nós cantamos a fé em Cristo. Se o Antigo Testamento é pregado, deve ser interpretado pelo Novo. Se o Antigo é cantado, deve ser interpretado pelo Novo. Estão querendo rejudaizar o evangelho, questão que a igreja já resolvera em Atos 15 e contra a qual Paulo escreveu a sua mais dura carta, a epístola aos gálatas.
Somos filhos do Novo Testamento, e não do Antigo. Somos filhos dos evangelhos e das epístolas, e não de Salmos, embora Jesus os usasse.
Mas seu próprio jeito de usar os salmos nos orienta: ele os reinterpretou em sua pessoa. Cantemos Jesus, cantemos a fé cristã e não meras sensações, cantemos a cruz, o túmulo vazio, o perdão dos pecados. Cantemos a Igreja, e não Israel. Somos cristãos e não judeus.
Cantemos que “a cruz ainda firme está e para sempre ficará”.
Somos salvos pela graça por meio da fé em Cristo. Não somos salvos pelo Espírito Santo nem por uma experiência litúrgica. O Espírito é uma pessoa e não sensações: “O Espírito Santo se move em você com gemidos inexprimíveis” é algo sem sentido. Ele geme por nós, em oração, com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). Mas não se move dentro de nós, com gemidos. O ponto central do evangelho é Cristo e sua cruz.
Este é nosso tesouro teológico, herança à qual devemos nos agarrar.
Qualquer cântico que deslustre isto, que diminua Jesus, que esmaeça a cruz, é blasfêmia. Não quero cânticos de auto-ajuda. Quero Jesus e sua cruz. Quem tem Jesus não precisa de muletas emocionais. Quero cânticos bíblicos, de acordo com a fé que uma vez foi entregue aos santos (Jd 3).

CONCLUSÃO

Sei que foi uma palestra dura. Não vou me desculpar porque o que eu disse é o que eu creio. Sim, estou cansado da ditadura litúrgica que me parece associada a um fundamentalismo: só nós sabemos o que é espiritual e vocês estão fora, são do passado, são frios, são formais.
Eu me recuso a cantar bobagens com roupagem espiritual. E desafio vocês a restaurarem a liturgia com conteúdo, com ensino. Desafio-os a não cederem à força da pobreza litúrgica que nos avassala.
Há algo mais comovente e com mais conteúdo que “Castelo Forte”, “Aleluia”, “Amazing Grace”? Por que a ditadura dos corinhos? Por que, no natal, sou obrigado a cantar que quero voar nas asas do Espírito?
Que os compositores de corinhos componham música de boa qualidade com letras de conteúdo, e ajustada às épocas, também. Os corinhos são monocromáticos.
Dizem sempre a mesma coisa. Nunca ouvi um exortando à confissão de pecados, falando do natal, da dedicação de crianças, da semana da paixão, de missões, da Bíblia como Palavra de Deus. Tudo é igual: louvar, adorar, contemplar, sentir-se bem. Não permitam a monocromia, que é sinal de pobreza.
Escrevi, tempos atrás, um artigo intitulado “Quero uma igreja velha”.
Esta palestra é um desabafo e um pedido de ajuda: “Socorro, quero um culto velho”. Com a Bíblia exposta, com solenidade, com cânticos com nexo, com os grandes hinos de nossa fé, com Cristo e sua cruz brilhando. Sim, estou cansado da liturgia atual, que é pobre e alienante.

15 de julho de 2010

Adoração ou Show? | Parte I

“Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, cantando com salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações”. Colossenses 3:16

Era pra ser somente um post comentando o bom livro de Paul Basden, Adoração ou Show?. Porém, fui escrevendo, fui relendo aqui, o livro e, ainda, fui tentando ousar explicar determinados fatos eclesiásticos… bem, espero que não tenha muita bobagem e que ajude alguns a olharem o Ministério de Música/Louvor/Adoração/Liturgia de sua igreja de uma maneira diferenciada.

Felipe Alves Davi

Quantas vezes você, líder do Ministério de Música/Louvor/Adoração/Liturgia, já foi interrogado com o problema do “momento de culto” da sua igreja? Quantas vezes você já teve aquela sensação de que está faltando algo no culto da sua igreja? Ou, quantas vezes o seu pastor teve que pedir que o culto fosse “um pouco melhor” (mais dinâmico, mais vivo, etc.)?

Imagino que você tenha respondido "várias vezes" pra uma ou todas as perguntas acima. Você não é o único que fica quebrando a cabeça pra “montar” um culto ou um "momento de louvor" agradável e relevante pra sua igreja. Alias, não é, nunca foi e nunca será! Sabe por quê? Porque o problema não está no método ou forma; e muito menos no Conteúdo. O problema está conosco, com o ser humano.

Deixe-me fazer duas ressalvas:

Primeira, Culto é Adoração. É a adoração coletiva que deveríamos ter quando nos reunimos em um só lugar (igreja, templo) e compartilhamos daquilo que temos aprendido, crescido e experimentado (comunhão) com os outros e com Deus (que é o resultado da Adoração individual, que mais pra frente discutiremos).

Segunda, O Conteúdo do Culto sempre será o mesmo: A Palavra de Deus e seu plano remidor para nos dar vida eterna, de modo geral.

A partir disso, podemos voltar e afirmar que o problema está com o ser humano, com os “cristãos”. O problema de termos tantas denominações e tantos estilos diferentes de cultos (e cada época se inventar ou surgir um estilo diferente da reunião desses cristãos) é por causa da nossa instabilidade e inconstância. Cheguei a essa conclusão lendo um livro chamado "Adoração ou Show?" de Paul Basden e mais 6 escritores, lideres renomados na área; Chamarei de ‘Adoração Coletiva’ aquilo que conhecemos como reunião dos cristãos para Adorar e Louvar a Deus. O livro mostra 6 visões diferenciadas da ‘Adoração Coletiva’ (estilo, forma e, até, conteúdo!); cada escritor defendendo sua visão e criticando (de uma maneira bem saudável) a do outro. É um livro de pesquisa, de estudo, de conhecimento, mas é, sobretudo, um livro de esclarecimento. O que me clareou? Exatamente isso... Que o problema da ‘Adoração Coletiva’ somos nós e não os métodos ou, muito menos, o conteúdo.

O problema identificado foi que, ao invés dos métodos servirem como canal ou facilitação para aprendizagem (de uma maneira geral), eles estão sendo colocados como doutrina ou como algum mandamento vindo da parte de Deus. Felizmente, não é! Métodos são para facilitar a aprendizagem de um indivíduo. Um bom exemplo são os métodos para ensino do inglês ou da música. No inglês, por exemplo, há aqueles métodos que priorizam a conversação; outros, a gramática; outros, a rapidez e o raciocínio; outros, ainda, por conversação aliados a ortografia e gramática. Ou seja, há vários tipos e formas de se aprender inglês, mas o conteúdo é o INGLÊS e o fim é sair o mais conhecedor possível desse idioma (do INGLÊS, rs). É claro que algumas pessoas se ajustam a determinados métodos, simplesmente pq são diferentes, mas isso não quer dizer que, por um ser mais usado, este será o melhor. Melhor vai ser para os tais que se adaptarem a determinado método.

O que eu quero dizer é que se um estilo de culto é mais usado do que outros, não é, necessariamente, porque Deus gosta de ser adorado daquela maneira; contudo os motivos reais podem variar: pode ser pela época, pela cultura, ou pelo fato de querer fazer algo diferente. Se no passado bem distante, ser formal era a forma mais usual de ‘adoração coletiva’, hoje já não é bem assim. E, ainda, se num passado bem recente a forma tradicional com hinos era bem aceita, daqui a alguns anos pode não ser.

Eu creio que deve haver equilíbrio entre os métodos antigos e os métodos “novos” (a grande verdade é que não há coisas “novas”, mas reutilizadas... porém isso é assunto pra outro texto). Métodos podem afetar não só a parte espiritual da igreja, mas a parte social e cultural dela. Infelizmente não foi ensinado ao povo que usamos métodos para facilitar a aprendizagem, e no nosso caso, se tratando de igreja, para facilitar a ‘adoração coletiva’. Foi (e é) ensinado que os métodos são doutrinas, ou seja, que são corretos, em si mesmos. Um bom exemplo é que vem acontecendo atualmente nas igrejas: o que foi ensinado aos irmãos da geração passada, que hoje são os mais idosos das nossas igrejas, é que o método deles era o correto. Contudo, nem o do passado, nem o de hoje são "corretos". Por isso há tanta discussão sobre o uso das artes na ‘Adoração Coletiva’. Porque métodos são métodos!

Correto será usar o método da melhor maneira possível para que o CONTEÚDO seja ensinado; que é o que importa. Ou seja, em se tratando de ‘Adoração Coletiva’, para cada época há uma forma, relevante e dinâmica, a ser usada. Com isso, não estou defendendo usar qualquer coisa ou o que faz mais sucesso. Estou defendendo o direito de usarmos recursos contemporâneos, de qualidade, para contar a Fantástica Velha História!

Podemos usar recursos atuais? Músicas atuais? Pode-se até trocar o Órgão pela Guitarra (como muitos métodos ousam em sugerir)?? Claro que podemos! Mas nada disso servirá ou adiantará se o principal não tiver sido mudado: o Coração. O que me deixa mais triste é que essa discussão (de Coração) vem desde Adão e Eva! A verdade é que Deus quer que seu povo viva com o Coração quebrantado, sincero diante dEle (Salmo), e que não se reúnam por mera formalidade ou obrigação (Malaquias).

Continua no próximo post…

Felipe Alves Davi Phill Davi Enfim, Persiste em Ler & Orar!

4 de março de 2010

Viva Vivaldi!! | Veneza, 4 de Março 1678


Nada como ouvir uma boa música! (e quando falo de boa música, refiro-me àquelas bem feitas, bem elaboradas, com o intuito de ensinar ou entreter... mas que no fim, elas acrescentam coisas boas e relevantes). Bem, se ouvir é bom, imagine ver ou fazer?!

Neste 4 de Março, fui lembrado (via Google.. rsrs) que Vivaldi foi e é um grande compositor, músico do período barroco, que influenciou muitos músicos e foi o primeiro compositor a usar consistentemente a forma ritornello em seus concertos, como pode ser verificado em "As Quatro Estações". Aliás, diga-se de passagem, teve grande influencia sobre J.S.Bach!!



Johann Sebastian Bach foi deveras influenciado pelo concerto e Aria de Vivaldi (revivido nas sua Paixões e cantate). Bach transcreveu[4] alguns dos concertos de Vivaldi para o cravo, bem como alguns para orquestra, incluindo o famoso Concerto para Quatro Violinos e Violoncelo, Cordas e Baixo Contínuo (RV580). Wikipedia.org



Deixo com vcs uma das grandes e mais famosas obras de Vivaldi.. "As Quatro Estações".

Le quattro stagioni (OP.8, N.1-4, RV271). Esses quatro concertos para violino e orquestra são parte de uma série de 12 publicados em Amsterdã, em 1725, intitulados Il cimento dell'armonia e dell'inventione. Ao contrario da maioria dos concertos de Vivaldi, esses quatro tem um programa claro: vinham acompanhados por um soneto ilustrativo impresso na parte do primeiro violino, cada um sobre o tema da respectiva estação. Não se sabe a origem ou autoria desses poemas, mas especula-se que o próprio Vivaldi os tenha escrito.As qualidades da musica de Vivaldi - temas concisos, clareza da forma, vitalidade rítmica, textura homofônica, frases equilibradas, diálogo dramático entre solista e conjunto - influenciaram diversos compositores, entre eles J.S. Bach, que transcreveu vário de seus concertos para teclado.



Enfim, Persiste em Ler & Orar!

Phill A. D. Banks

4 de fevereiro de 2010

Rádios Evangélicas: Eu juro que tentei

Engraçado é que achei que eu era meio doido, mas depois de ler esse texto, espero, e muito, que eu seja… doido por não acreditar em tantas bobagens (cantadas e faladas) que são jogadas 24h pela mídia (principalmente a chamada evangélica). Leiam o texto, que não é de minha autoria, mas assino embaixo!!

radio

Há cerca de um mês eu mesmo me propus um desafio. Há tempos não parava para ouvir uma rádio evangélica, não que eu não tivesse tempo, eu não tinha mesmo era paciência. Mas fui duro comigo mesmo, e tentei. O que ouvi e percebi nesse desafio é o que passo a narrar neste texto.

Aqui quero abrir parênteses. Na lista de discussão do site no
yahoogrupos. com.br, o Renato Fontes escreveu o seu diário de sofrimento ao passar uma semana somente ouvindo rádios evangélicas. Confesso que ele foi mais corajoso que eu. Só agüentei poucas horas.... e é sobre isso que quero falar.

Minha primeira conclusão é que estamos passando por um grande deserto. A igreja deve estar passando por um grande período de estiagem, de seca. Só isso pode explicar a quantidade de músicas pedindo chuva. Faz chover, derrama tua chuva, vem com tua nuvem, abre as comportas do céu, derrama a chuva, chuva de avivamento.. .

Em contrapartida, também fala-se muito de fogo. Quando não é chuva, é fogo. Realmente é fogo ouvir tanta coisa assim. Tinha até uma música (?) falando do "diabo fazendo careta, e o crente com esse fogo faz churrasco de capeta". Acho que a mesma música ainda falava de "fogo no diabo da cabeça aos pés".

As outras falavam de fogo como algo bom. Não consigo ver isso na linguagem bíblica. Fogo sempre está relacionado a destruição, juízo, etc. Era tanto fogo que, é claro, tinha que ter alguém se derretendo. Pois é exatamente o que diz uma das músicas que ouvi, num super arranjo instrumental, muita animação, uma letra boa até o ponto que fala que "eu vou me derreter..."

Lembrei-me, e não tinha como não lembrar, dos amigos de Daniel, na fornalha.... nem um fio de cabelo tostado, inteiros, intactos. Eles não derreteram.. Também lembrei de Paulo escrevendo aos Coríntios dizendo que "se alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um, pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo FOGO (...) se a obra de alguém se queimar (derreter), sofrerá ele dano." Bem... eu continuo querendo não ser derretido.

Outra coisa. Alguém pode pedir para os "levitas" pararem de pregar entre as músicas? O pior é que o choro das milhares de "valadões" deu lugar a voz ofegante e "cansada" dos "Quinlans, Sheas e Fernandinhos" . Parece que os camaradas correram uma maratona antes de chegarem ali, então gritam com voz rouca, emocionada, sensual (também, com tanta música falando de beijo, abraço, colo, carinho, etc). E o público delira...

Previsão do tempo na música "gospel": Se não tiver chuva, o tempo vai ficar nublado. Só isso pra explicar a quantidade de nuvens no céu da música evangélica. As nuvens de glória nem deixam o sol da justiça brilhar, esse é o problema. Aliás, nuvem de glória não, shekiná (esqueci que tudo agora tem que ser em hebraico). Shekiná prali, Shekiná pra lá, nuvem, peso de glória, nuvem carregada. Sai de baixo... vem temporal aí!

Aliás o tempo também está propício a romances. Como tem músicas românticas no nosso meio. Engraçado é que pra não dizerem que fizeram uma música SOMENTE romântica, todas elas têm algo do tipo "Deus quem me deu você", só pra não admitirem que o que queriam mesmo, no fundo no fundo, era fazer sucesso no meio secular, como cantores românticos. Mas como a qualidade não é lá essas coisas, permanecem no meio "gospel", pois aqui qualquer porcaria vende (lá também, mas o jabá é mais alto).

Outro lado dessa moeda, e esse eu acho pior, são as músicas
românticas-sensuais- eróticas que são dedicadas a "Jesus". Também, não era de se esperar menos, afinal de contas, com uma NOIVA tão desesperada. .. É um tal de "quero teu colo", "teu carinho", "quero te beijar, te abraçar"...

Mais legal ainda são algumas capas de CD´s com um Jesus "saradão" vindo resgatar a noiva. Aliás, eu gostaria de perguntar uma coisa: Quem seqüestrou a noiva??? A noiva está sendo preparada ou está em cativeiro??? Sim, porque é tanto clamor pro noivo vir resgatar a noiva que eu já nem sei mais o que pensar. E eu pensando que a noiva estava sendo adornada, purificada,
preparada para as Bodas do Cordeiro. Que nada! Ela está sob domínio do inimigo, necessitando ser resgatada pela SWAT angelical ao comando do noivo "saradão".

Aliás, realmente eles pensam que é assim. Só isso pode explicar tantos cânticos pedindo "libertação" e "cura" para os que já foram salvos. E mais uma vez eu aqui, com cara de trouxa, acreditando que a liberdade conquistada na cruz era suficiente, que o sacrifício ÚNICO de Jesus bastou para me libertar. Nada disso! Todo culto eu tenho que clamar: "Vem me libertar", "Quebra minhas cadeias", "Enche meu coração vazio", "Liberta-me Senhor". E eu pensando que "se, pois, o FILHO vos libertar, VERDADEIRAMENTE SEREIS LIVRES". Que bobagem a minha...

Bem... na verdade foram poucas horas que consegui essa façanha de ficar ouvindo uma rádio evangélica. Não agüentei nem 6 horas... mais um pouco e eu surtava... e eu não podia surtar, estava trabalhando. .. sintonizei na MPB FM... e dei graças a Deus pela boa música popular brasileira.. .

FONTE José Barbosa Junior é escritor, pregador e editor do site Crer e Pensar

Phil A. D. Banks Ler & Pensar

29 de janeiro de 2010

Deixem-me Adorar!

Galera,

Estou a tanto tempo deste meu cantinho, sempre imaginando o que escrever. Muita coisa pra escrever dá nisso... NÃO CONSIGO TERMINAR UMA IDÉIA..ou ter saco pra sentar e write something!

Por isso, e por ter achado um assunto interessante e sempre pertinente, resolvi recomendar um texto para vocês, de um amigo meu do STBSB (Seminário do Sul).

Dêem uma conferida e saibam o por quê dele e de todo mundo, que não quer ficar surdo dentro de suas igrejas, estão pedindo permissão p/ o momento da celebração.

http://fabianorochadasilva.blogspot.com/

Phill A. D. Banks...

4 de julho de 2009

Hinódia Brasileira | Música Tupiniquim

hinário “A Igreja Evangélica no Brasil já é centenária! Onde estão as nossas expressões de vida e fé conduzidas através da música?”. Umberto Cantoni

People, gostei tanto de fazer este resumo, que resolvi postá-lo, para que impulsione a produção de mais hinistas brasileiros, ou seja, música boa, congregacional para ser cantada nas nossas igrejas; as, ainda, protestantes! É um estudo, ou seja, pode ser chato! Risos!

Introdução

De acordo com o escritor, a história dos hinos brasileiros começa com os próprios missionários, que vindos ao Brasil, adaptaram e traduziram hinos que faziam parte de suas heranças hinológicas. Embora, com eventuais problemas de prosódia, os primeiros hinários constituem o semear de da hinódia brasileira.

Muitos dos primeiros crentes brasileiros começaram a poetizar sua experiência de conversão, seus anseios espirituais e sua fé, iniciando a produção de uma hinódia de brasileiros, embora ainda limitada às necessidades prosódicas e formas impostas pelos esquemas musicais estrangeiros.

Contudo, mais recentemente, houve muitas tentativas de uma hinódia autenticamente brasileira. Uma dessas tentativas eram (e são) as campanhas evangelísticas. Cada campanha costuma ter seu hino oficial, o que impulsionou a muitos músicos brasileiros à composição.

Outra tentativa, menos evangelística e mais nacionalista, foram dois trabalhos importantes, abrindo caminhos de identificação nacional: “Natal Brasileiro” de João Wilson Faustini e “Pai Nosso Sertanejo” de Nabor Nunes Filho.

Por fim, o escritor, neste apanhado geral, enfatiza que é preciso estudar os caminhos que a hinódia brasileira percorreu, de Kalley a Maraschin, antes de se chegar a uma conclusão superficial.

Hinários Brasileiros de Uso Congregacional

Para se estudar sobre a nossa hinódia, deve-se considerar, segundo o escritor, o critério hinário-autores, por ser de documentação mais facilmente verificável. O primeiro hinário a ser estudado e amplamente detalhado é o hinário Salmos e Hinos.

Salmos e Hinos é fruto do trabalho missionário do casal Dr. Robert Reid Kalley e Sarah Poulton Kalley. A sua primeira edição, publicada em 1861, continha 50 cânticos, somente com o texto. Em 1868 o hinário tomou o nome de Música Sacra. Esta foi a primeira edição com inclusão de músicas para crianças e coro, totalizando 100 cânticos.

Depois do falecimento do Dr. Kalley, houveram novas edições. A quarta edição, por exemplo, em 1919, foi impressa com 608 hinos, além de antífonas, cantochão e um completo índice de autores, compositores, assuntos, musicas e primeiras linhas. Desde 1947, os direitos autorais do hinário pertencem à Igreja Evangélica Fluminense. A quinta edição foi lançada em 1976, após um longo trabalho de revisão e reestruturação, que colocou o hinário ao nível das coleções mais modernas e aperfeiçoadas.

O segundo hinário examinado pelo escritor foi o Cantor Cristão. O hinário oficial da denominação batista tem sua origem no trabalho extraordinário de Salomão Ginsburg. Escritos e tradutor de hinos, ele reuniu 16 deles em um pequeno folheto intitulado “Cantor Christão”, publicado em Pernambuco em 1891. A partir de 1924 foram lançadas edições com as músicas, contendo já 102 hinos. Em 1971 sai a edição histórica, revista e acrescida de documentação e índices completos, contando 581 hinos.

A exemplo do Salmos e Hinos, o Cantor Cristão também foi,d e início, uma compilação de traduções, adaptações e textos originais para músicas estrangeiras já existentes. Com o tempo, foram sendo incluídos trabalhos brasileiros.

Outro hinário analisado foi o Hinário Evangélico. Este é um trabalho da Confederação Evangélica do Brasil, que pretendeu unificar a nossa hinódia. Em 1935 houve a organização da Comissão do Hinário. Em 1945 foi lançada uma edição coma s letras alteradas. Em 1953 saiu a edição com música, apenas 230 hinos. A edição definitiva saiu em 1960, completa, com 500 hinos e 10 cantos litúrgicos. O Hinário Evangélico, que pretendia ser interdenominacional, é mais usado pelas igrejas metodistas, algumas presbiterianas e poucas outras.

Seja Louvado é o quarto hinário estudado pelo autor. É um importante hinário bilíngüe especialmente organizado por João W. Faustini para a Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo. A primeira edição data de 1972 e contém 315 hinos. Comparado aos outros hinários, segundo o escritor, este hinário é o que tem maior participação de autores e compositores brasileiros. Ainda contém uma organização excelente, índices precisos, textos bíblicos para leituras responsivas e orações, segundo o escritor.

Há também o Hinário Presbiteriano, que é destinado a denominação e suas exigências teológicas e litúrgicas. A sua primeira edição, contendo apenas letras, foi lançada em 1981.

O último hinário é o Cantai ao Senhor, hinário da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Em 1973, esta edição alcançou uma tiragem de 42.000 exemplares, o que evidencia a importância deste hinário. O hinário, de acordo com o escritor, propõe-se realmente a um trabalho sério de análise fraseológica, usando sinais convencionados e mudanças de compasso. Contém 620 hinos, a maioria comum aos outros hinários, dispostos por assuntos, dotados de índices completos e leituras responsivas.

Coleções Brasileiras Para Uso Coral

Além dos hinários congregacionais, há também duas expressivas coletâneas de música para coro, que eram, até o fim da década de 50, usados pelos conjuntos corais evangélicos. São elas Coros Sacros e Antemas Celestes. O primeiro, compilado por Arthur Lakschevitz, foi publicado (primeira edição) em 1931 e, vinte anos depois, 190 hinos completavam a coleção, já no oitavo volume. O segundo foi compilado por Alina Muirhead, missionária batista, compositora, regente e cantora. Em 981 a JUERP reeditou a coleção, sem alterar a edição de 1954. A partir da década de 60, outras coleções foram aparecendo e, gradativamente, sendo usadas.

Fora as publicações de várias editoras, para canto coral, apareceram também alguns periódicos sobre música sacra e hinologia. Os principais são Louvor Perene e Revista Louvor.

Louvor Perene se preocupou, ao longo de sua existência (1962-83), com a documentação de nossa hinódia, principalmente incentivando músicos e poetas através da publicação de seus trabalhos.

Revista Louvor, editada pela JUERP, traz artigos sobre música sacra em geral, liturgia, hinologia e partituras descartáveis, e outras, no corpo da revista.

Tendências Atuais da Nossa Hinódia

Especialmente nos últimos dez anos, as palavras de ordem, segundo o escritor, da hinódia brasileira têm sido: “novo”, “nosso”, “terra”, “povo”, buscando cada vez mais uma afirmação nacional, em função de nossa presença em nosso tempo. Há uma preocupação voltada para a comunicação da mensagem do Senhor para o povo brasileiro, enfatizada nos problemas de justiça social, fome, infância e velhice abandonadas, crises Ed moradia, doença, analfabetismo e pobreza, à luz do que Cristo veio trazer em termos de liberdade, vida, esperança e remissão total do homem.

31 de dezembro de 2008

Há Uma Esperança - Musical de Natal


Movido pelo relato do irmão Daniel da PIB Niterói, também gostaria de contar as bênçãos aqui da Memorial de Vila Valqueire. Sou seminarista nessa igreja há três anos. Já a conhecia, mas não como agora.
Desde os meus 15 anos, quando comecei nesse negócio de MÚSICA (risos), tenho escrito pequenas peças para serem apresentadas junto às cantatas de natal/páscoa. Fiz isso quando fui membro da PIB Sulacap, por três anos; depois quando estava em Leopoldina-MG, por um ano, ajudando no ministério dos meus pais, e agora na Memorial. Ela (a igreja) não tinha uma tradição coral, talvez por falta de liderança nessa área, apesar de ter 19 anos. Contudo, encontrei pessoas dispostas a esse trabalho. Antes, eles só se reuniam em meados de Outubro pra ensaiar alguma cantata. Hoje, temos um Coro que está crescendo e se aperfeiçoando, graças a Deus!
Então, inspirado por esse coro, pelas pessoas, e também, pelas aulas de gestão da música na igreja no STBSB - que abriu a minha visão - escrevi um Musical chamado "Há Uma Esperança". Esse musical enfoca o nascimento de Jesus como esperança para o mundo, baseado na história do Jó moderno, Horatio Spafford.
Horatio Gates Spafford foi o autor da letra do hino "Sou Feliz Com Jesus" (329 HCC e 398 CC), musicada por Phillip Paul Bliss. Horatio fica falido, depois de um grande incêndio em Chicago, que acaba arruinando com seus investimentos. Nessa época, ele já era um dos amigos e sustentadores do Missionário Moody. Além de perder os bens, perde também seu único filho homem.
Sua esposa, mesmo depois de anos, ainda sofrendo a morte do filho, precisa ir para Inglaterra, para tratamento, a convite de Moody. Contudo, no dia do embarque, Horatio consegue um financiador para seus negócios lá mesmo nos EUA. Sem saber o que fazer, pois não queria perder a oportunidade de levantar seu negócio, e também não queria deixar sua esposa sem tratamento, manda ela e suas filhas, com mais alguns sobrinhos, para Inglaterra, no navio Ville du Havre.
Precisamente no dia 22 de Novembro de 1873, o navio afunda com suas filhas. A única que se salvou foi sua esposa. Depois de vários dias, já em Dezembro, sua esposa consegue enviar um telegrama um tanto dolorido. Horatio, ao receber a carta, parte imediatamente para a Europa. Durante o percurso, Horatio escreve esse belo hino que fala também a nós e por nós.
Essa história foi recheada com várias músicas, algumas afirmando que Deus é Poderoso e Jesus, seu filho, nosso salvador é exemplo de vida; outras, falando do seu amor e cuidado para conosco, mesmo em tempos difíceis.
O momento mais marcante do musical foi quando o narrador conta sobre a hora em que o navio está afundando e a sra. Spafford, não sabendo o que fazer com todas aquelas crianças, ouve de uma de suas filhas mais novas que "Deus cuidaria deles".
Vale ressaltar que músicas clássicas como "Sê Forte e Corajoso" e o próprio hino "Sou Feliz com Jesus" fizeram até o Coro chorar!
Agradeço a Deus por mais este musical de natal. Creio que ele tenha sido um dos melhores musicais, não pela técnica, mas porque todos participaram: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos! Isso que foi o mais bonito!

Obrigado Memorial de Vila Valqueire,
Obrigado Senhor,

A Ti, Deus Pai, Todo Poderoso,
Ao Espírito Santo, nosso Consolador, Ajudador e Guia
E a Jesus Cristo, Maravilhoso Conselheiro, Príncipe da PAZ,
Toda Honra e Glória
Nos Céus e na Terra,
Para Todo o Sempre
Amém!

Enfim, Persiste em ler, Exortar e Ensinar!
Phill Davi

13 de agosto de 2008

Ventos de Conhecimento, parte I - Amaru Soren & Workshop de Órgão

"'Falarei' a verdade: não estava animado para o workshop. Agora, estou extasiado!"





Já diz meu Amado Pai, o ETERNO:


"O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos".





Esse pequeno trecho da Palavra me faz pensar na responsabilidade de um líder (Ministro de Música/Ministro de Louvor/Dirigente/Diretores/Pastores/e tantos outros nomes) no trato com a congregação. Ou seja, o que você ensinar; o que você primar, a congregação primará! Por maior consciência pensante ou questionadora que sua igreja tenha, ela será, de uma certa forma, influenciada por aquilo que você ENSINA!


Meu pedido hoje é que BUSQUE muita, muita, muita (n vezes elevado ao cubo) sabedoria e discernimento para o que você irá ou o que você já está ensinando!



Nessa quarta, começou o WORKSHOP de Orgão, com o Amaru Soren, neto do grande Pr. João Soren. (Quem quiser ler sobre o Pr. João Filson Soren, dá uma passadinha em http://www.pibrj.org.br/historia/arquivos/PastorSoren.pdf). E fiquei extasiado com o que vi e ouvi. No início, me perguntei por que faria esse workshop. No meio, eu já estava dando graças a Deus de não ter perdido aquele momento. Tão enriquecedor; tão magnífico; tão informativo!



Na verdade, o motivo de escrever esse pequeno texto é para divulgar o trabalho do Amaru. E, como é propósito do blog, divulgar Cantos Congregacionais. Também porque me deparei com o desafio que o Amaru propôs de traduzir um hino e quem sabe (com a ajuda do povo do STBSB) dá vida e poesia e ritmo e rima a esse canto. Vou colocar uma ficha técnica do hino.




Nome original: "DEAR LORD AND FATHER OF MANKIND"


Tradução literal: "Amado/Querido Senhor e Pai da Humanidade"


Letra: John G. Whit­ti­er, em Abril de 1872.


Há 3 versões da música:


1ª) Com a melodia chamada de REST, de Frederick C. Maker, 1887


2ª) Chamada de HAMMERSMITH (Glad­stone), de Will­iam H. Glad­stone


3ª) Conhecida como REPTON, de Charles H. H. Par­ry, 1888




Com relação a 1ª e a 3ª música, pesquisando na Biblioteca do STBSB (minha faculdade/seminário/2ª casa) e pesquisando no Cyber Hymnal, conclui que são, respectivamente, de 1887 e 1888.



A primeira versão aparece em muitos hinários americanos datados dessa época, principalmente o THE HYMNAL, que é o hinário da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. E a 2ª versão, aparece no SONGS OF PRAISE, que é um hinário inglês. Ainda no SONGS OF PRAISE, aparece uma terceira versão, que parece ter sido adaptada para a letra desse hino. A música é de Nicholaus Hermann (1485 -1561), mas arranjado e harmonizado por J.S.Bach (1685 - 1750).



Voltando ao primeiro páragrafo, então! Precisamos ensinar músicas que tenham conteúdo. Esse hino, por exemplo. No hinário inglês, ele é uníssono. Ótimo pra congregação cantar. Ótimo pra fazer coisas novas e legais, sem deixar a métrica ser perdida, POR FAVOR! (Detalhe que parece que não tem tradução, AINDA! Oremos, pois, pra que consigamos publicar essa PRECIOSIDADE e RARIDADE em português!).



Então, pra quem tá interessado em aprender mais e curte pesquisar, traduzir, inovar, aqui vai alguns sites:



http://www.cyberhymnal.org/ - Site em inglês, mas vale a pena você colocar o TICO e TECO pra movimentar! Tem quase todos os HINOS do mundo, dos mais antigos ao mais novo!



Entrem no meu orkut (http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=6843471064670208788) e procurem no meu SCRAPBOOK muitos sites de mp3, partitura e cânticos, a maioria em inglês! Vale a PENA conferir!



Abaixo, o link do video do Coro e Congregação da Abadia de Westminster cantando esse hino MARAVILHOSO:





Lá tem mais coisas de Westminster!! It´s AMAZING!


People, ENFIM,

"Persiste em ler, exortar e ensinar." I Timóteo 4:13

Phill A. D. Banks

7 de agosto de 2008

Deus fala comigo na música secular, e com você!?

People.. meu amigo de quarto-irmão escreveu esse "pequeno" comentário para o meu blog. Show d bola... sugestão: LEIA!!!!

Ah! E não diga: "Nem vou ler, pq não concordo mesmo!". Ao contrário: "Lerei e verei o que pode me edificar. O que não, jogarei fora, como manda a Palavra de Deus!"..

Pense, por favor. Não "SEJE" burro(a)!

Deus x Música x Adoração

É importante ressaltarmos o verdadeiro papel da música, adoração, comunhão com Deus... enfim!
Sou estudante de música sacra, estou no quarto período e escuto música secular no meu dia-a-dia.
Primeiramente, a música não é santa, ela é apenas um veículo para quem a usa buscando adorar a Deus. Criamos em nós uma expectativa ou um pensamento de que a música é mistica, transcedental... coisa que não é! Isto se dá porque ela mexe com nossos sentimento e emoções e confundimos isto com experiências cristãs, coisa que é muito mais profunda que nossas emoções momentâneas.
Não podemos confundir música com letra! Eu me apaixonei pela letra da canção: "WHAT A WONDERFUL WORLD" que fala da beleza da criação. Como todas as coisas acontecem de maneira plena, ele diz: "What a wonderful world" = "Que mundo maravilhoso"! Não pude deixar de contemplar a beleza da criação de Deus e dizer: "Senhor,obrigado por parte de tua beleza que nos é revelada".
É óbvio que uma melodia bem composta e bem arranjada, nos ajuda a atentar para isso! Mesmo assim a música em si não me passou mensagem alguma, o que me fez atentar para isto foi a letra. Existe hoje o que é bom e o que é ruim, analiso todas as coisas e retenho o q é bom. A música jamais vai ofender uma moral, mesmo que tenha poder de "ofender" nossos costumes e/ou desculpas, culpa de nossos pré-conceitos; coisa que também é natural! Como tudo que é novo!Quantas ciências em suas descobertas foram acusadas de negativas, mas que hoje é bem aceita por todos? Isto é decorrente do nosso espanto diante da novidade!
Tem casos também em que uma pessoa teve certa experiência triste e que deixou marcas nela quanto a um ritmo, uma música, talvez; aí é válido ela querer se abster, mas daí dizer que todos devam se abster também, não dá! Nossas relações com alguém ou alguma coisa, depende também de nós e nossas atitudes. O que pode e muita das vezes vem ofender de maneira direta ou implícita, é a letra! Mas isso, não se encontra apenas nas canções, está presente em um poema, uma literatura, uma pagina da web, um artigo que sai no jornal... enfim, letras ofensivas não estão presentes apenas nas músicas.
PRA MIM, o que não ofende minha moral (testemunho cristão(pautado na bíblia)),é valido pra o meu dia-a-dia. Seja musica, um artigo relacionado ao meu gosto, enfim... se fossemos pra dividir e nos abstermos de tudo o que é secular, deveríamos parar de ir ao cinema, pois não é sacro ("o que fala diretamente de Deus"). Assim também parar de assistir filmes, ou o noticiário da TV, ou deixar de ler um livro com conteúdo científico...e muito mais! O que importa não é o que vem a ser secular ou não, mas reter coisas boas! Pois existem! Muitos formatos de música evangélica, que é novo para os cristãos protestantes, já era usado por Tom Jobim e companhia de modo natural!!! Os nossos pré-conceitos nos restringe demais!
Este é meu lado, minha posição! Espero não ter abalado ninguém, minha intenção não foi de modo algum ofendê-lo, pois o amo no amor de Cristo! Tanto que gostaria de saber sua posição!!!!Fique na paz do Senhor, e cuidado pra não fazer de sua comunhão um fanatismo! Não que devemos nos relacionar com todas as coisas, até por que nem tudo é bom! Porém vamos parar de dizer que tudo "é do capeta", pois todas as coisas acontecem com a permissão de Deus! E ele é criativo!!! Temos esse "gene" em nós!!
Toda criatura tem traços e características de seu criador. Isso inclui os que ainda não foram alcançados pela salvação de Deus. Então, concluímos que os compositores de música secular tem em si a capacidade de criar, mesmo que com um fundamento ou intenção diferente da nossa!!!!!
Viva a música boa!!!
Deus nos fala a todo instante, basta nos atentarmos e querermos ouví-lo!
O modo é dele! Não adianta querermos "dar conselhos a Ele" (Rm 11:34) de como nos falar!
O nosso querer é tão somente ouví-lo ou não!!

Deus Te abençoe,
Marcus Gerhard.
Enfim,
"Persiste em ler, exortar e ensinar." I Timóteo 4:13
Phill A. D. Banks

15 de julho de 2008

O que está acontecendo?, parte I

Por anos, desde quando eu nem pensava em ser músico, muito menos líder, eu ouvia sobre avivamento, renovação, idéias antigas que precisavam ser repensadas e etc.
Não que eu tenha algo contra. É fato que a cada momento da história, a igreja (como instituição, claro!) precisa se contextualizar. Mas o que eu vejo hoje, no meu tempo, é algo além disso. É banalização do evangelho, e por conseqüência, os meios pelos quais ele é propagado. Por isso, não é de se espantar que falarei da música.

Pra começar, vamos colocar a música no seu devido lugar:
A música não é sagrada! A música não é mística. A música é arte, e como toda arte, uma ciência, que pode, sim, ser estudada e explicada (cientificamente). Quem precisar ser sagrado, ou santificado é o "irmãozinho que toca" no culto.

O que acontece hoje é que muitas igrejas/pessoas colocam a música num grau TRANSCEDENTAL (qualidade essa que deveria ser só de Deus) que nos impõe uma condição: o Cristão só deve ouvir música "de crente".
Infelizmente (ou felizmente) terei que discordar. Música é música dentro e fora da igreja. Ela tem o poder sobre o lado direito do cérebro, responsável pela emoção. Não só a música, mas todo o tipo de arte mexe com esse nosso "lado".

Passada a pequena explicação, chegamos no ponto. Porque as igrejas estão deixando seus hinários para cantar só música, chamada atualmente de GOSPEL?
Uma das desculpas é que "hoje é tempo de renovação, avivamento; não podemos viver no passado, precisamos ser atuais".
Sim precisamos andar pra frente, mas não podemos esquecer donde viemos! Se não sabemos de onde viemos, como saberemos pra onde ir?

Já ouvi, "ah, música do hinário é antiga; não chama atenção; precisamos de música que seja atraente para os jovens..." etc, etc, etc. Aonde que isso ´tá na bíblia? Só pra constar, SALMOS é o hinário do povo hebreu e ´tá lá na Bíblia até hoje. Por que, então, excluir nossos hinos históricos?! Alias, porque não excluí-los?

Porque as músicas que estão nos nossos hinários (Hinário para o Culto Cristão, Cantor Cristão, Harpa Cristã dentre outros) são músicas que têm conteúdo. Tanto bíblico, quanto histórico.
Nós cantamos sobre cruz, salvação, aspiração cristã, vida futura, céu, e muitas outras coisas com base bíblica e teológica. Além disso, o motivo pelo qual aquele cântico foi escrito quase sempre é de experiência mútua e não particular.
Os hinos estão cheios de verdades bíblicas. Por isso que naquele tempo homens como Billy Graham, Moody, Martin Luther King, William Buck Bagby, Ginsburg, MARTINHO LUTERO, se levantaram pra protestar e pregar o evangelho que é LOUCURA para os homens. O Evangelho, que é sofrimento, cruz, mas também Novidade de Vida, Amor, Perdão, Respeito!

Mas alguém diz: "mas o que há de errado nas músicas de hoje?"
Não são todas as músicas. Não são todos os músicos. São alguns, sempre os mesmos, com as mesmas musiquetas.
  • Alguém já percebeu que a maioria do que a gente canta hoje, diz respeito a uma pessoa só? A experiência individual daquele irmão? A música só fala dele, na perspectiva dele!
  • Alguém já percebeu que o que é cantado hoje é tão subjetivo, que não diz respeito a nada? Nem de Deus? Ou só diz respeito à prosperidade e aquilo que "EU TENHO DIREITO"?
  • Alguém já percebeu que a igreja que canta esse tipo de música é fadada ao fracasso? Que só é inchada? Que os membros não têm maturidade?
  • Alguém, pelo amor de Deus, já percebeu que há pessoas inconstantes nas nossas igrejas porque ouvem músicas do tipo "eu sei que chegará minha vez; minha sorte, Ele mudará, diante dos meus olhos"? Ou se eu fizer isso, em troca terei aquilo? (Ou seja, BARGANHA!)

São músicas escritas sendo baseadas só no Antigo Testamento. Nada de Cristo, Graça, Perdão, Salvação, Cruz, Sofrimento!!!
Cadê as músicas que falam que SOFREREMOS SIM! Ou já foi tirado da Bíblia, "NO MUNDO TEREIS AFLIÇÔES, mas não se preocupem, EU VENCI O MUNDO!"???
"CADA UM CARREGUE SUA PRÓPRIA CRUZ!"
"QUEM QUISER VIR APÓS MIM, NEGUE-SE A SI MESMO, TOMA SUA CRUZ E SIGA-ME."

E não: "Tá sofrendo irmão?! Cuidado, hein. É o pecado na sua vida!"

Não sei se esse fenômeno é por causa da nossa falta de cultura!? Só alguns têm acesso à boa música nesse país! Talvez seja esse o problema!?
Mas ainda sim, é problema também dos nossos líderes e pastores, que não instruem sua congregação. Ao contrário, querem mais pessoas para poder fazer suas cabeças; manipularem!

Querem um exemplo?! Analisem suas vidas; analisem as igrejas que vivem assim! Pensem! Leiam a Bíblia. Participem de EBD. Leiam HEBREUS! Leiam ROMANOS! Leiam EFÉSIOS!

Vou começar uma enquete pela net, por alguns meses. Assunto?
"Quem já ouviu falar de Guilherme Kerr, João Alexandre, Marcílio de Oliveira, Grupo Expresso Luz, Vencedores Por Cristo, Igreja Batista do Morumbi, PIB de Curitiba?"
Aposto que poucos, comparados com o tamanho de "EVANGÉLICOS PRATICANTES" (rs) existentes no Brasil! Mesmo assim, farei!

Por fim, espero contribuir para construção de um melhor repertório das nossas igrejas!

Primeira dica:

Por que não dar uma roupagem nova num hino? Por exemplo no "Tu És Fiel" que é bastante conhecido! Por que não incrementar com uma Bossa, um sambinha?
Quem quiser ajuda, vou tentar postar a partitura/cifra de alguns hinos; talvez já arranjados. Não prometo nada, rs!

Ou então, pega um hino (que seja domínio público, por favor) e reescreva-o com palavras mais atuais.
Imagine que nem todos têm escolaridade pra entender: "Se da vida as vagas procelosas são", do Hino "Conta As Bênçãos" 329 CC (Cantor Cristão)
A comissão do HCC (Hinário para o Culto Cristão) reescreveu a primeira estrofe assim:

"Se da vida as ondas agitadas são;
se, desanimado, julgas tudo vão,
conta as muitas bênçãos, conta a cada vez,
e hás de ver, surpreso, quanto Deus já fez."

Enfim,
"Persiste em ler, exortar e ensinar." I Timóteo 4:13

Phill A. D. Banks