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11 de dezembro de 2008

Rios e Oceanos


Por conseqüência de uma conversa, lembrei que postaria letras (filosóficas) das boas músicas que ainda existem (dentro e fora da liturgia).

Começo com "Oceano". Letra de Djavan, que além de ser um músico extraordinário, usando acordes "tortos", é poeta! Vamos aproveitar para analisar o poema!

"Assim que o dia amanhaceu lá no mar alto da paixão, dava pra ver o tempo ruir. Cadê você? Que Solidão! Esquecera de mim? Enfim, de tudo que há na terra, não há nada em lugar nenhum que vá crescer sem você chegar. Longe de ti, tudo parou. Ninguém sabe o que eu sofri. Amar é um deserto e seus temores. Vida que vai na sela dessas dores não sabe voltar, me dá teu calor. Vem me fazer feliz, porque te amo! Você desagua em mim e eu oceano esqueço que amar é quase uma dor. Só sei viver se for por você!"

Intepretamos, Marcus e eu, e ele me fez olhar diferente para essa letra. O Oceano, que é o narrador-cantor conta sobre um rio.

"Você desagua em mim e eu oceano..."

Pensei: "o que poderia mais confirmar essa teoria do Marcus sobre o rio?".

"Enfim, de tudo que há na terra, não há nada em lugar nenhum que vá crescer sem você chegar."

Por onde o rio passa, afirmou Marcus, há vida, há fertilização da terra.
Realmente há. E há muito mais coisas nessa letra riquissíma em figuras de linguagens.

Metáforas, denotações, etc.

Outra coisa que me chamou atenção são as verdades cotidianas contidas nas músicas dele!

"Amar é um deserto e seus temores (...) esqueço que amar é quase uma dor."

É quase um Vinicius de Moraes...

Por fim, Djavan é uma ótima pedida para músicos, escritores, poetas, estudantes e pessoas cultas. Contudo, como bom protestante, nem tudo é tão bom quanto parece; então dê uma selecionada, pq até Djavan não irá nos agradar de todo. Mas ainda assim, ele é ótimo músico e poeta!

Enfim,
Persite em ler, exortar e ensinar.

Phill Davi

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